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Estado palestino: Netanyahu apresentará posição de Israel

Autoridade palestina reafirma pedido de adesão, mas diz estar aberto a 'ofertas'

Por Da Redação
15 set 2011, 09h57

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta quinta-feira que participará do debate anual da Assembleia Geral da ONU, que ocorrerá na semana que vem, para apresentar as objeções de Israel à demanda de adesão de um estado palestino. Conforme adiantou o ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al-Malki, nesta quinta-feira, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, vai apresentar no dia 23 de setembro o pedido à ONU, exceto no caso da oferta de uma alternativa “crível”.

Entenda o caso

  1. • Diante do fracasso do acordo de paz com Israel, a Autoridade Nacional Palestina decidiu propor à Assembleia Geral da ONU votação a favor da criação de um estado palestino nas fronteiras antes de 1967, tendo Jerusalém Oriental como capital.
  2. • No pleito, marcado para a próxima semana, os 193 países-membros podem votar e, se aprovada a criação do 194ª estado, a decisão seguirá para o Conselho de Segurança, onde EUA, China, Rússia, França e Grã-Bretanha tem poder de veto – e tudo indica que os americanos o usarão.
  3. • As negociações de paz entre israelenses e palestinos chegaram a ensaiar um retorno, por intermédio dos Estados Unidos, que defendem que só é possível criar um estado palestino realmente significativo a partir da retomada do diálogo – empacado diante da recusa israelense de parar assentamentos judeus em territórios palestinos ocupados.


“Israel quer a paz e tenta negociar há dois anos e meio. Sabemos que a paz depende de um reconhecimento (mútuo) e da segurança. Decidi levar esta mensagem em um discurso que farei na Assembleia Geral da ONU, à qual comparecerei na próxima semana”, declarou Netanyahu em uma entrevista coletiva. “Penso que é justificado que fale nas Nações Unidas e apresente os fatos da maneira como são”, disse o chefe de governo israelense.

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Já Malki afirmou que Abbas apresentará sua solicitação no dia 23 de setembro, às 12h30, “exceto no caso de uma proposta crível para a retomada das negociações”, em referência aos contatos em curso entre Estados Unidos e os países europeus. “Nossa prioridade agora é ir ao Conselho de Segurança e pedir nossa admissão”.

“Vamos submeter nossa demanda para virar um membro com plenos direitos, mas estamos abertos a qualquer sugestão e ideia, que poderiam vir de qualquer lado, para reiniciar as negociações com bases sólidas, com termos de referência claros, um calendário claro e garantias claras”, completou. “Vamos ver se alguém apresenta uma oferta crível que nos permita considerá-la seriamente”.

Negociações – Israel e Estados Unidos são contrários ao plano de Abbas e defendem um retorno às negociações diretas, que estão totalmente suspensas há um ano. A atividade diplomática é intensa e nesta quinta-feira a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, se reuniu em Jerusalén pela segunda vez com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, antes de retornar a Bruxelas. Na quarta-feira, Ashton decidiu prolongar a estadia em Israel para continuar com as consultas. Ela tenta obter uma solução de compromisso para a retomada das negociações.

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Dois representantes americanos – o emissário para o Oriente Médio David Hale e o conselheiro especial do presidente Barack Obama Dennis Ross – também estão na região com o objetivo de tentar convencer os palestinos a não apresentar a demanda. Mais cedo, o vice-ministro israelense das Relações Exteriores, Danny Ayalon, advertiu que um pedido de adesão à ONU de um Estado da Palestina estabeleceria o fim de todos os acordos com os palestinos.

“Se os palestinos adotarem uma ação unilateral, isto significaria a anulação de todos os acordos, liberando Israel de todos os compromissos. Os palestinos terão a inteira responsabilidade”, declarou Ayalon à radio estatal. O vice-chanceler se negou, no entanto, a detalhar as medidas de represália que seriam adotadas por Israel.

(Com agência France-Presse)

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