Esquerda mexicana vai contestar eleição na Justiça

Partido de López Obrador acusa o PRI, do presidente eleito Enrique Peña Nieto, de compra de votos e gastos de campanha além do limite permitido pela lei

Por Da Redação
8 jul 2012, 20h45

"Não estamos falando de milhares, mas sim de milhões de votos", disse López Obrador — Não estamos falando de milhares, mas sim de milhões de votos (Henry Romero/Reuters/VEJA)

O partido do esquerdista Andrés Manuel López Obrador, candidato derrotado nas eleições presidenciais do México, vencidas por Enrique Peña Nieto, anunciou neste domingo que vai contestar o resultado do pleito no Tribunal Eleitoral.

“Iremos ao tribunal nos próximos dias e dentro dos prazos legais”, disse em coletiva de imprensa Jesús Zambrano, presidente do Partido da Revolução Democrática (PRD), de López Obrador, uma das três organizações políticas coligadas que apoiaram o candidato na eleição.

O Instituto Federal Eleitoral (IFE) concluiu oficialmente, neste domingo, a contagem total de votos da eleição geral, incluindo as legislativas,e confirmou a vitória de Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI). Ele obteve 38,21% dos votos, seguido por López Obrador com 31,59%, e em terceiro lugar a candidata do Partido Ação Nacional (PAN), Josefina Vázquez Mota (25,41%).

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O processo passará agora ao Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário, que decidirá sobre as impugnações dos partidos. A esquerda tinha pedido ao IFE para responder a suas denúncias de compra de votos contra o PRI, acusado também de ter ultrapassado o máximo permitido de gastos de campanha.

López Obrador acusou o PRI de distribuir, em troca de votos, milhões de cartões pré-pagos para Soriana, uma rede de supermercados, enquanto o PAN denunciou que Peña Nieto destinou cerca de 49,09 milhões de dólares a pagamentos para funcionários eleitorais, uma quantia superior à permitida por lei para gastos de campanha.

(Com agência France-Presse)