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Em meio à tensão por soberania, William chega às Malvinas

Príncipe britânico está em missão militar; para Argentina, viagem é provocação

Por Da Redação
2 fev 2012, 14h38

O príncipe William, neto da rainha Elizabeth II, da Grã-Bretanha, desembarcou nesta quinta-feira nas ilhas Malvinas, confirmou o Ministério de Defesa britânico. A chegada do príncipe, que vai passar seis semanas nas Malvinas em missão militar, ocorre em meio à tensão crescente entre Londres e Buenos Aires pela soberania do arquipélago do Atlântico Sul.

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Entenda o caso

  1. • As Ilhas Malvinas – Falkland, em inglês – ficam a cerca de 500 quilômetros do litoral argentino, mas são administradas e ocupadas pela Grã-Bretanha desde 1883.
  2. • O arquipélago sempre foi motivo de tensão entre os dois países, até que em 1982 o ditador argentino Leopoldo Galtieri comandou uma invasão ao território.
  3. • O governo britânico reagiu rapidamente, enviando às ilhas uma tropa quase três vezes maior do que à da Argentina, que se rendeu dois meses depois.
  4. • Na guerra morreram 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos.

Segundo na linha de sucessão ao trono britânico, William, de 29 anos, completará na base de Mount Pleasant, que fica nas Malvinas, sua formação na Força Aérea Real como copiloto de helicópteros de resgate. A presença do duque de Cambridge é vista pela Argentina como um ato de provocação, a poucos meses do 30º aniversário da Guerra das Malvinas, que começou quando tropas argentinas invadiram as ilhas em 2 de abril de 1982 e terminou em 14 de junho do mesmo ano, com vitória britânica.

Além disso, o governo do premiê britânico David Cameron determinou o enviou às ilhas do navio de guerra Dauntless, um dos mais modernos da frota britânica. A medida foi interpretada pelo governo argentino com uma tentativa de “militarizar” o conflito sobre a questão da soberania, reivindicada pela Argentina desde 1833, quando a Grã-Bretanha ocupou o arquipélago.

Bravatas – Antes da chegada do príncipe William às Malvinas, o vice-presidente argentino, Amado Boudou, voltou a atacar o governo de David Cameron, desta vez acusando-o de tentar encobrir assuntos internos do país – como o desemprego e o movimento separatista na Escócia, que vai realizar um plebiscito sobre sua independência – com “bravatas” em relação às ilhas Malvinas.

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“A população (britânica) está muito mal e estão tentando tapar esta situação com estas bravatas que estamos vendo”, afirmou Boudou nesta quinta-feira à emissora de rádio La Red, de Buenos Aires. “Na Europa há uma falta de liderança muito grande e estão tentando encobrir, como fizeram os militares aqui, os problemas de desemprego e os problemas de insatisfação social com assuntos de alto impacto midiático. Buscam tapar a realidade diária com uma questão que está muito distante deles, como as Malvinas”, disse o vice-presidente.

Boudou também acusou o governo britânico de tentar “impor políticas extrativas de hidrocarbonetos e de pesca” nas Malvinas, o que definiu como “a face econômica do colonialismo”. Além disso, ele reiterou que a Argentina continuará com sua reivindicação de soberania sobre as ilhas através das vias diplomáticaDs e em sintonia com as resoluções das Nações Unidas, que pedem a ambos países que negociem o tema. Em dezembro, a Casa Rosada obteve apoio dos demais países do Mercosul – Brasil, Paraguai e Uruguai – a uma resolução que impede a entrada em seus portos de navios com bandeira das Malvinas.

Ricardo Setti: Irritação argentina com ida de navio de guerra às Malvinas faz parte de guerra de propaganda

(Com agência EFE)

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