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Em 11 dias, frio intenso deixa 450 mortos na Europa

Segundo meteorologistas, previsão do tempo não muda nos próximos dias

Por Da Redação
7 fev 2012, 14h50

O frio que atinge a Europa desde o final de janeiro continua a provocar mortes e deixar milhares de pessoas isoladas pela neve. Nos últimos 11 dias, temperaturas de até -50ºC deixaram ao menos 450 mortos. E os meteorologistas alertam que o tempo – que vem causando as piores nevascas em décadas – não deve mudar nos próximos dias.

Na Ucrânia, país com maior número de mortos – mais de 130 – o termômetro caiu durante a madrugada desta terça para -39,4º C. Corpos foram encontrados nas ruas, dentro de carros e de casas também na Alemanha, Itália, Polônia e nos Balcãs.

Autoridades da Sérvia afirmaram que 70.000 pessoas ficaram isoladas em aldeias no sul do país devido à neve, e declararam uma “situação de emergência”. O alerta permite ao governo solicitar que empresas privadas ajudem na limpeza da neve com máquinas e funcionários.

Predrag Maric, chefe dos serviços de emergência da Sérvia, afirmou à rádio B92 que a situação mais crítica era agora nos rios Danúbio e Ibar, onde uma espessa camada de gelo está se formando. “Especialistas do exército verão se a camada de gelo pode ser quebrada com explosivos de uma maneira que seja segura para as pessoas e para o meio ambiente”, disse, acrescentando que o governo está convocando quebra-gelos para limpar o Danúbio.

Isolamento – Grande parte do leste e do sul da Bósnia foi isolada pela neve e por avalanches. Não houve nenhum contato desde sexta-feira com o povoado de Zijemlje, a cerca de 30 quilômetros da cidade de Mostar, no sul do país. “Nós não sabemos o que está acontecendo lá. Eles não têm eletricidade desde sexta-feira e as linhas telefônicas estão cortadas, eles não têm água corrente”, afirmou o prefeito de Mostar, Radovan Palavestra.

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“Há pessoas idosas que são muito frágeis. Há também crianças, incluindo um bebê de dois meses. No total, há cerca de 150 pessoas”, acrescentou Palavestra. Um helicóptero que deveria ter voado para ajudar Zijemlje não pôde decolar na manhã desta terça-feira devido a uma forte nevasca, segundo as autoridades.

Na Romênia, duas mulheres grávidas precisaram ser retiradas de helicóptero da região leste de Iasi, próximo à fronteira com a Moldávia, depois que suas aldeias foram completamente isoladas pela neve. Outra mulher grávida foi levada ao hospital em um trator na região leste de Paltinis, depois que a ambulância ficou presa na neve.

Porto de Warnemünde, em Rostock (Alemanha), ficou congelado
Porto de Warnemünde, em Rostock (Alemanha), ficou congelado (VEJA)

Paralisação – As baixas temperaturas e nevascas provocaram ainda a paralização de diversos serviços no país. Escolas foram fechadas em quase todas as regiões, incluindo a capital Bucareste, enquanto muitos serviços de trem foram cancelados. Cerca de 40% das estradas também foram fechadas.

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Nevascas atingiram também a Bulgária, um dia depois de oito pessoas morrerem afogadas ao caírem em rios e de uma represa se romper, inundando toda uma aldeia do sudeste. Na Polônia o principal problema é o número de mortos por hipotermia, que chega agora a 68, depois que as autoridades registraram mais seis mortes nas últimas 24 horas. A maioria dos que morreram eram sem-teto, muitos dos quais haviam bebido além da conta.

A onda de frio também tem provocado no país um grande aumento no número de pessoas mortas por monóxido de carbono, devido à utilização de aquecedores a gás com defeito. A polícia polonesa afirmou que 22 pessoas foram vítimas de intoxicação nas últimas 24 horas, duas das quais morreram.

(Com agência France-Presse)

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