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Egito pode ter eleições parlamentares em seis meses

Decreto assinado por presidente interino estabelece calendário para mudanças constitucionais e eleições, aponta agência Reuters

Por Da Redação
8 jul 2013, 19h14

O presidente interino do Egito, Adly Mansour, emitiu um decreto nesta segunda-feira que sinaliza um calendário para a realização de mudanças constitucionais e eleições no país. O planejamento permitirá que a escolha de novos parlamentares ocorra em aproximadamente seis meses, informou a agência Reuters. O decreto também concede ao presidente interino o poder de editar leis depois de consultar o governo que deverá ser formado em breve. Essa liberdade para emitir leis deverá permanecer em vigor até um novo Parlamento ser eleito.

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O documento prevê um período de quatro meses e meio para que uma nova Constituição seja elaborada – dois comitês devem ser designados para trabalhar nas alterações à Carta Magna. Aprovada às pressas no final do ano passado, a Constituição foi um dos principais motivos de insatisfação que levou manifestantes às ruas contra o governo de Mohamed Mursi, deposto na última quarta-feira pelo Exército. A Constituição foi escrita por uma maioria de radicais islâmicos, depois que os seculares se retiraram das sessões da Assembleia Constituinte em protesto contra a supressão de artigos como o que dava às mulheres os mesmos direitos dos homens. O texto passou por um referendo, do qual participaram apenas 33% do eleitorado. Ao retirar Mursi do poder, os militares suspenderam a Constituição e estabeleceram um governo interino.

As eleições parlamentares devem ser realizadas quinze dias depois da aprovação da nova Constituição em referendo. Novas eleições presidenciais devem ser convocadas uma semana depois da formação do novo Parlamento.

Desde a queda de Mursi, os confrontos entre apoiadores e opositores de Mursi aumentaram e dezenas de mortes já foram registradas. Nesta segunda-feira, mais de 50 pessoas morreram no Cairo, diante do quartel-general da Guarda Republicana, onde os islamitas protestam em defesa do presidente deposto. Eles acusam os militares de abrirem fogo contra os manifestantes, enquanto o Exército diz que atirou em resposta a ataques contra os soldados.

Estados Unidos – O governo americano pediu a todos os lados no Egito que cessem com a violência e voltem à democracia. Acrescentou que não há planos para o corte imediato da ajuda destinada ao país, apesar de a legislação americana prever a interrupção do auxílio no caso de golpe de estado. O porta-voz da Casa Branca Jay Carney disse que o governo está estudando os eventos no Egito para determinar se a tomada de poder pelos militares configura um golpe de estado como previsto na lei. A ajuda anual dos Estados Unidos ao Egito atinge 1,5 bilhão por ano, quantia que a administração Obama espera poder continuar destinando ao país. A equipe de governo acredita que cortar a ajuda a essa altura reduziria a capacidade dos EUA de evitar mais violência repressão no Egito, afirmou o jornal The New York Times.

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