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Egito começa a votar referendo sobre a nova Constituição

Resultado da consulta será conhecido apenas no próximo sábado. Adversários do presidente Mohamed Mursi acusam Carta de restringir direitos das minorias

Por Da Redação
15 dez 2012, 06h47

O Egito deu início na manhã deste sábado ao referendo sobre a nova Constituição do país. Dividida em duas jornadas, a votação que vai aprovar ou rejeitar a Carta começa hoje em diversas províncias do Egito e será concluída no próxima sábado, dia 22, quando será a vez das outras regiões irem às urnas. O referendo vai ocupar dois sábados porque não há juízes suficientes para monitorar todas as seções eleitorais.

No total, cerca de 26 milhões de pessoas estão aptas a votar nesta primeira etapa, um número que representa pouco mais da metada do eleitorado do país. Imagens da televisão estatal egípcia exibiram grandes filas nos locais de votação. O presidente do país, Mohamed Mursi, compareceu às urnas pela manhã, em uma escola no abastado bairro de Masr Guedida, no leste do Cairo. Com o referendo, Mursi espera encerrar uma violenta crise política que já dura semanas.

Leia mais: islâmicos e laicos se manifestam antes de referendo no Egito

Divisão – Formulada por uma assembleia dominada por políticos islâmicos, a nova Constituição dividiu o Egito e provocou grandes manifestações e confrontos entre partidários e opositores de Mursi nos últimos dias.

Além de acusar a crescente islamização da legislação egípcia, os opositores laicos e liberais dizem que a nova Carta não reflete as aspirações dos 83 milhões de egípcios e restringe os direitos de minorias, inclusive os cristãos, que compõem 10% da população. O governo e seus aliados afirmam que ela dará ao país um marco institucional estável quase dois anos depois da queda do ditador Hosni Mubarak, que deu início a uma transição caótica.

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Expectativas – Há grande expectativa de que a nova Constituição seja aprovada, já que a Irmandade Muçulmana, grupo mais bem organizado do país, venceu todas as votações realizadas no país desde a rebelião que derrubou Mubarak. Nos últimos dias, grupos islâmicos que haviam sido cruciais na eleição de Mursi voltaram a se mobilizar, dessa vez para apoiar a campanha do “sim” para o referendo.

Leia também: ‘É hora de dar lugar aos mais jovens na política’, diz El-Baradei

Ativistas da oposição também saíram às ruas. Em um protesto em frente à sede da Presidência, na sexta, o líder oposicionista Mohamed El-Baradei, ganhador do Nobel da Paz, pediu a Mursi que cancele o referendo “antes que seja tarde demais”. Inicialmente, a oposição havia decidido boicotar a votação, mas depois recuou e passou afazer campanha pelo “não” – desde que haja garantias de lisura na votação.

(Com agências EFE e Reuters)

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