Dilma diz que não se deve comemorar a morte de Kadafi
Para presidente, Líbia deve receber apoio na transição de poder
Em Angola, a presidente Dilma Rousseff comentou nesta quinta-feira a morte do ex-ditador líbio Muamar Kadafi, afirmando que não se deve comemorar a morte de “qualquer líder”. Dilma disse que a Líbia passa por um processo de transformação democrática e que deseja que os países tenham a capacidade de “viver em paz e com democracia”.
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Entenda o caso
- • A revolta teve início no dia 15 de fevereiro, quando 2.000 pessoas organizaram um protesto em Bengasi, cidade que viria a se tornar reduto da oposição.
- • No dia 27 de março, a Otan passa a controlar as operações no país, servindo de apoio às tropas insurgentes no confronto com as forças de segurança do ditador, que está no poder há 42 anos.
- • Após conquistar outras cidades estratégicas, de leste a oeste do país, os rebeldes conseguem tomar Trípoli, em 21 de agosto, e, dois dias depois, festejam a invasão ao quartel-general de Kadafi.
- • A caçada pelo coronel terminou em 20 de outubro, quando ele foi morto pelos rebeldes em sua cidade-natal, Sirte.
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“Acho que a Líbia está passando por um processo de transformação democrática. Agora, isso não significa que a gente comemore a morte de qualquer líder que seja” disse a presidente à Agência Brasil. “O fato de a Líbia estar em um processo democrático é algo que todo mundo deve, acho que não é comemorar a palavra, mas apoiar, incentivar e, de fato, o que queremos é que os países tenham a capacidade de, internamente, viver em paz e com democracia”, acrescentou.
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Quando questionada sobre o futuro da Líbia após a morte de Kadafi, Dilma disse que”a grande questão é a reconstrução”. Sobre o papel do Brasil nesse processo, a presidente respondeu que tem feito esforços para que haja “uma reconstrução dentro do clima de paz”.
Para a presidente, é necessário encerrar conflitos com o da Líbia através de negociação. “Porque não é só a guerra em si que causa danos. Causa danos também o pós-guerra, o efeito da destruição sobre as populações e as nações”.