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Dezessete trabalhadores imigrantes morrem durante incêndio em Moscou

Por Por Antoine LAMBROSCHNI
3 abr 2012, 11h12

Pelo menos 17 trabalhadores imigrantes morreram no incêndio de um depósito em um mercado na zona sul de Moscou nesta terça-feira, informou o Ministério russo para Situações de Emergência, um drama que testemunha as condições de vida insalubres das vítimas.

“Dezessete pessoas morreram no incêndio, mas ainda precisamos determinar as identidades e as idades”, indica um comunicado do ministério.

O registro anterior indicava 15 mortos.

“Estamos tentando determinar de qual país da ex-URSS eles eram originários”, disse um porta-voz à AFP.

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Segundo agências de notícias russas, as vítimas eram cidadãos do Tadjiquistão, a mais pobre das repúblicas da antiga União Soviética. Todos trabalhavam e viviam neste mercado especializado em materiais de construção.

O incêndio começou às 05h00 (22h00 de segunda-feira, horário de Brasília), em Kashalovsky, subúrbio ao sul de Moscou. O fogo, que destruiu uma área de 50m², foi contido às 05h00 locais (00h00 no horário de Brasília).

Os bombeiros controlaram as chamas após duas horas.

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As 17 vítimas dormiam em um local fechado, o que deixou presas entre as chamas, segundo a polícia.

“Dormiam dentro do local em uma situação terrível, com tábuas amontoadas, em quatro níveis. Não tinham nenhum acesso à rua”, explicou a mesma fonte policial.

“Pelo estado dos corpos, podemos afirmar que alguns tentaram escapar, mas morreram asfixiados pela fumaça”, completou.

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Para chegar ao dormitório improvisado, os bombeiros tiveram que quebrar o muro de metal do local.

O ministro de Situações de Emergência, Serguei Choigou, denunciou as condições vividas pelos trabalhadores.

“Alguém os instalou neste local, que é claramente inapropriado para se viver. Eu peço às forças de ordem que esclareçam tudo isso”, disse, segundo a Interfax.

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A polícia acredita que o incêndio tenha sido provocado por um radiador elétrico e abriu uma investigação sobre a moradia de trabalhadores no local.

Milhares de cidadãos de antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central, como Tadjiquistão ou Quirguistão, trabalham em obras na cidade de Moscou, geralmente de forma clandestina, e são alojadas no local de trabalho ou em prédios abandonados.

Incêndios acidentais na Rússia causam regularmente a morte de trabalhadores imigrantes.

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Sete operários morreram em maio de 2011, em Moscou, devido a um incêndio em um prédio parcialmente destruído que era habitado por imigrantes.

Em janeiro de 2009, sete outros vindos de uma república da Ásia central morreram em um incêndio em uma garagem subterrânea em construção.

A Rússia, que carece de mão de obra em razão de uma grave crise demográfica, recebe milhões de trabalhadores imigrantes.

O presidente eleito e atual primeiro-ministro, Vladimir Putin, prometeu reforçar o controle de imigração.

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