Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Descriminalização do aborto entra em vigor no Uruguai

Lei que permite a uruguaias interromper a gravidez foi aprovada em outubro

Por Da Redação
3 dez 2012, 20h04

A nova lei que descriminaliza o aborto já está em vigor no Uruguai. Aprovada em outubro pelo Parlamento, a nova legislação prevê que cidadãs uruguaias ou estrangeiras que morem há pelo menos um ano no país podem interromper a gravidez até a 12ª semana de gestação.

“Todos os hospitais estão prontos, só precisam ajustar algumas coisas, como incorporar profissionais da área social, mas estão prontos”, disse Leticia Rieppi, diretora de Saúde Sexual e Reprodutiva do Ministério de Saúde Pública. As autoridades sanitárias uruguaias publicaram um manual e um guia de procedimentos que as mulheres, os hospitais, as clínicas e os médicos deverão seguir.

A nova legislação não legaliza o aborto, mas o descriminaliza desde que certos procedimentos regulados pelo estado sejam seguidos. As medidas incluem passar por uma comissão formada por psicólogos, ginecologistas e assistentes sociais que vão conversar com a mulher sobre suas alternativas e cumprir um prazo de cinco dias de reflexão antes de submeter-se à intervenção.

Uma vez completo o trâmite, as mulheres poderão abortar, se ainda desejarem, em qualquer centro público ou privado de saúde do país, que estarão obrigados a realizar a intervenção ou a garantir que terceiros o façam em casos de objeção de consciência. Os casos de aborto que ocorrerem fora desse procedimento continuarão sendo ilegais e, portanto, penalizados.

Continua após a publicidade

Leia também:

Leia também: Com projeto sobre aborto, Uruguai emite sinais liberais

A princípio, dois centros médicos vinculados à Igreja Católica anunciaram que recorreriam a essa objeção de ideário, mas “até agora, nenhuma instituição se apresentou para cumprir com esse trâmite”, afirma Leticia Rieppi.

Continua após a publicidade

Diretrizes – A comissão que conversará com a gestante antes da decisão deverá fornecer informações sobre os riscos de praticar um aborto e sobre a possibilidade de manter a gravidez e posteriormente dar a criança para adoção.

A intenção das autoridades sanitárias do país é priorizar o procedimento em domicílio, por meio do uso de medicamentos. As gestantes que precisarem – ou preferirem – que o procedimento seja realizado no hospital, terão a liberdade de mudar de centro de saúde se, por algum motivo, não se sentirem seguras para submeterem-se ao procedimento na unidade de saúde a qual pertencem.

Números oficiais apontam que são realizados no Uruguai, a cada ano, mais de 30.000 abortos.

Continua após a publicidade

(Com agência EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.