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Depois de escândalo sobre Bengasi, Obama fala em aumentar segurança das embaixadas

Presidente tenta reagir à divulgação de que documentos sobre ataque a consulado foram manipulados pressionando o Congresso a liberar mais dinheiro para diplomacia

Por Da Redação
16 Maio 2013, 17h47

Em mais uma tentativa de minimizar os prejuízos ao seu governo causados pelo escândalo da ocultação de informações sobre ameaças terroristas na Líbia, o presidente Barack Obama surgiu com um discurso nesta quinta-feira de reforçar a segurança das embaixadas americanas. Com isso, ele tenta fugir da questão principal, a mentira de sua administração aos eleitores americanos sobre o que se sabia antes do ataque ao consulado em Bengasi, em setembro do ano passado. Na última sexta, veio à tona a informação de que a administração democrata manipulou as informações sobre o atentado que resultou na morte do embaixador Christopher Stevens e de outros três funcionários. A inteligência americana tinha conhecimento da ameaça terrorista na região, mas isso não foi divulgado, para que os republicanos não tivessem munição contra Obama na campanha presidencial que acabou reelegendo o democrata.

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Agora o tema atinge seu segundo mandato, e ele resolve pressionar o Congresso a tomar medidas para aumentar a segurança das representações americanas no exterior. Também urgiu os parlamentares a garantir que os pedidos orçamentários do Departamento de Estado sejam atendidos. “Tenho o propósito de assegurar que estamos fazendo todo o possível para evitar que outra tragédia como essa aconteça. Mas não teremos como fazer isso sozinhos. Vamos precisar que o Congresso seja nosso parceiro. Por isso, eu tenho discutido e minha equipe tem discutido com democratas e republicanos e estou pedindo ao Congresso para trabalhar conosco para apoiar e financiar integralmente nosso pedido orçamentário para aumentar a segurança de nossas embaixadas ao redor do mundo”, disse Obama, em entrevista coletiva concedida junto com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, que foi recebido na Casa Branca. “Precisamos nos unir e honrar verdadeiramente o sacrifício dos que morreram em Bengasi”, completou o presidente.

As falhas na segurança da missão diplomática em Bengasi motivaram muitas críticas dos republicanos. A Casa Branca reclamou que o Congresso cortou recursos para a segurança diplomática. O presidente também quer que o Pentágono acelere o tempo de resposta militar em casos de ataques contra missões diplomáticas.

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Hillary – Além do próprio Obama, o escândalo dos documentos alterados atinge também Hillary Clinton, que comandava o Departamento de Estado à época do ataque em Bengasi. Tida como um dos principais nomes do Partido Democrata para a campanha de 2016, ela assumiu a responsabilidade pelas falhas que levaram ao incidente. Admitiu que o fazia por motivos políticos. “Assumo a responsabilidade”, disse, em outubro do ano passado, admitindo que o fazia para evitar qualquer “exploração política” do episódio. “Sei que estamos perto de uma eleição”.

No final de janeiro, depois da divulgação de relatórios apontando as falhas do Departamento de Estado no episódio, Hillary voltou à carga mais uma vez, durante audiência no Capitólio. Quando um senador republicano acusou a administração Obama de ter enganado o público deliberadamente, nas primeiras manifestações públicas sobre o caso, a então secretária deu uma resposta ríspida. “Que diferença isso faz agora?”, disse, sem levar em conta que um governo não tem autorização de mentir para seus eleitores.

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