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Cuba dá aumento para médicos, que ganharão até US$ 64

Ditadura castrista prevê que vai ganhar mais de 8 bilhões de dólares em 2014 com exportação de médicos

Por Da Redação
21 mar 2014, 23h17

A ditadura de Cuba anunciou nesta sexta-feira um aumento salarial de até 200% para os 440.000 profissionais da área médica, entre eles médicos e dentistas – inclusive os que atuam no exterior. O porcentual engana: os profissionais receberão apenas alguns poucos dólares a mais. No caso de um médico com duas especialidades, o aumento será de 155%, com o salário passando de 627 pesos (25 dólares) para 1.600 pesos (64 dólares) mensais. Já o salário das enfermeiras também terá um “aumento substancial” passando de 562 pesos (22,5 dólares) para 940 (37,6 dólares), segundo o jornal oficial Granma.

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O aumento só deve fazer alguma diferença para os profissionais que ficaram na ilha. Embora não haja saúde privada em Cuba, muitos médicos atendem “por fora”, e outros aceitam presentes ou fazem bicos em outras atividades para complementar a renda. Já os 50.000 médicos enviados a países como o Brasil já ganham bem mais do que seus colegas que ficaram para trás.

No Brasil, depois que a médica Ramona Rodríguez conseguiu fugir da vigilância dos capatazes a serviço dos irmãos Castro e desertou, revelando que ela e seus colegas cubanos recebiam apenas 10% do valor pago aos médicos de outras nacionalidades que também participam do Mais Médicos, também houve um reajuste. De pouco menos de 1.000 reais, os mais de 7.000 médicos cubanos que já atuam no país (número que deve passar de 11.000 nas próximas semanas) passarão a receber cerca de 3.000 reais no Brasil – ou 30% da remuneração desembolsada para médicos de outros países. O governo afirma que o Brasil não aumentou o valor transferido para Cuba e que foi o governo cubano que aceitou repassar um percentual maior aos seus trabalhadores.

Desde que Cuba começou com sua política de exportação de médicos, essa atividade se tornou a principal fonte de divisas para o regime. Em 2014, a receita com a exportação de médicos deverá chegar a 8,2 bilhões de dólares – superior à soma de exportações de produtos do país, que alcançaram cerca de 5 bilhões de dólares em 2012. Ainda segundo o regime, o valor vai representar 64% das receitas da indústria de serviços da ilha. O dado, inclusive foi citado com orgulho pelo jornal Granma, como se a exportação de mão de obra barata fosse algo a se comemorar.

(Com agências Reuters e France-Presse)

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