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Cristina Kirchner retoma agenda 40 dias após cirurgia

A presidente da Argentina teve uma reunião a portas fechadas com o vice e outras importantes autoridades do governo. Volta ao executivo será gradual

Por Da Redação
18 nov 2013, 21h07

A presidente argentina Cristina Kirchner realizou nesta segunda-feira o primeiro compromisso oficial após ser submetida a uma cirurgia para a drenagem de um hematoma cerebral, em 8 de outubro. Mesmo com algumas restrições, ela se reuniu a portas fechadas com o vice-presidente Amado Boudou, que esteve no cargo durante o período em que ela se recuperava, com o secretário da presidência Oscar Parrilli e com o chefe de gabinete Juan Manuel Abal Medina, informou o jornal Clarín. A mandatária ficou 40 dias afastada de suas funções. Os médicos não chegaram a apontar um prazo certo para a volta da presidente e preferiram não criar expectativas conforme avaliavam a evolução de seu quadro clínico.

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A volta de Cristina ao poder executivo será gradual. A presidente não tem data para deixar a Residência de Olivos, a moradia oficial da presidência, localizada em Buenos Aires, e muito menos para realizar qualquer discurso público. Os médicos também impediram a presidente de viajar de avião durante um período. A tendência é que boa parte da agenda oficial de Cristina seja organizada nas dependências de Olivos, com reuniões vetadas para a imprensa.

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Segundo o jornal La Nación, Cristina deverá se dedicar nos próximos dias a discutir com seus aliados políticos as diretrizes da reforma que o governo planeja para recuperar a fragilizada economia do país. A prioridade da presidente é impedir a fuga de reservas e implementar um controle cambial que determinará o valor do dólar usado exclusivamente no turismo. O intuito da mandatária com tais medidas seria desencorajar os gastos de argentinos no exterior. O governo também estuda aumentar as tarifas cobradas em contas de luz e gás.

Histórico – Cristina havia recebido alta médica no dia 9 de novembro. Em 5 de outubro, o porta-voz da Casa Rosada revelou que a presidente sofreu um trauma na cabeça em 12 de agosto, quando foram realizadas as primárias para as eleições parlamentares argentinas. Não ficou claro como a presidente se machucou. A pancada teria provocado o hematoma, que resultou em fortes dores de cabeça.

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A cirurgia manteve Cristina fora de ação justamente no período que antecedeu as eleições legislativas do meio de mandato da presidente, em 27 de outubro, quando o kirchnerismo sofreu um duro revés que acabou com as chances de uma mudança constitucional para permitir à presidente disputar um terceiro mandato. Com o governo nitidamente enfraquecido pelas urnas, muitos deputados alinhados à Cristina poderão declarar apoio a grupos de oposição, o que é um costume na Argentina sempre que o ambiente político denota o fim de um ciclo.

Dois dias após as eleições, contudo, Cristina obteve uma importante vitória política ao atentar contra a liberdade de imprensa, fundamental para o exercício da democracia, e conseguir a aprovação de quatro artigos da Lei de Mídia que eram contestados pelo grupo de comunicação Clarín. Com a aplicação da medida em sua totalidade, 21 grupos de mídia deverão apresentar planos para se adequar às normas e vender parte de suas concessões e propriedades. Oficialmente, o governo diz que a lei vai evitar a “concentração no setor”, mas a medida, segundo a oposição e as empresas, é mais uma tentativa de perpetuar o kirchnerismo no poder.

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