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Correa propõe consulta popular para acabar com jornais de papel

Presidente reagiu às críticas da imprensa à exploração de petróleo em reserva florestal

Por Da Redação
19 ago 2013, 21h59

Em mais um round de sua briga constante com a imprensa, o presidente do Equador, Rafael Correa, propôs nesta segunda-feira uma consulta popular sobre o fim dos jornais impressos. A ideia autoritária travestida de consulta democrática foi uma reação às críticas da imprensa à decisão de explorar petróleo em um parque florestal na Amazônia declarado reserva mundial da biosfera. Nas palavras de Correa, o fim dos jornais impressos evitaria o corte indiscriminado de árvores.

“Agora os maiores ‘ecologistas’ são os diários mercantilistas. Bom, se vamos à consulta popular, vamos propor também diários somente digitais, para economizar papel e evitar tanto corte indiscriminado de árvores. Veremos quem é quem”, escreveu em seu perfil no Twitter.

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Políticos, ambientalistas e indígenas defendem que a decisão de explorar a região fosse submetida às urnas. Na última semana, Correa pediu autorização ao Congresso de maioria governista para explorar petróleo na reserva Yasuní, cujas reservas são estimadas em 920 milhões de barris. Ele havia proposto, em 2007, uma compensação financeira pela não exploração no local. A ideia era que a comunidade internacional destinasse 3,6 bilhões de dólares em 12 anos ao país, mas, segundo o presidente, em cinco anos, o Equador recebeu menos de 1% do valor.

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O diretor da Associação Equatoriana de Editores de Jornais, Diego Cornejo, afirmou que ainda é muito cedo para saber se a proposta de Correa é séria. “No entanto, o presidente tem a faculdade de convocar as consultas que desejar e perguntar se quer eliminar a circulação de jornais de papel”, disse Cornejo à agência France-Presse, acrescentando que o presidente equatoriano costuma relacionar qualquer tema à imprensa privada, que considera opositora.

Em meados de junho, o Congresso do Equador aprovou uma lei cerceando o trabalho da imprensa. O texto prevê a criação de um ‘conselho de regulação’ da imprensa e o delito de ‘linchamento midiático‘, além da diminuição da participação do setor privado.

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