Coreia do Norte sinaliza com diálogo, mas impõe condições
Depois das ofertas de aproximação dos EUA, regime de Pyongyang diz que não se opõe às conversas, mas rejeita voltar 'à humilhante mesa de negociações'
Por Da Redação
17 abr 2013, 02h44
Depois de retrair – ainda que de forma bastante peculiar – a sua retórica belicosa, trocando as ameaças de guerra nuclear por simples “marretadas” contra o inimigo do Sul, a Coreia do Norte sinalizou nesta quarta-feira com a possibilidade de retomar o diálogo com os Estados Unidos. Em um comunicado veiculado pela rede estatal KCNA, o regime comunista disse não se opor à abertura de conversas para encerrar o clima de tensão na península, desde que Washington reverta sua “política hostil” e os trate com “igualdade” na mesa de negociações.
A declaração de Pyongyang acontece depois das ofertas de aproximação vindas tanto dos Estados Unidos como da Coreia do Sul nos últimos dias. Em um discurso na segunda-feira, o secretário de Estado americano John Kerry afirmou que os EUA “seguem abertos a negociações honestas e confiáveis sobre a desnuclearização” da Coreia do Norte. “A bola está com Pyongyang”, resumiu Kerry.
Negociações – As conversas sobre o fim do programa de armas nucleares da Coreia do Norte estão paralisadas desde que o regime comunista deixou as negociações com o Grupo dos Seis, em 2008. O bloco formado por Estados Unidos, China, Rússia, Japão e Coreia do Sul, além de Pyongyang, buscava desde 2003 uma solução diplomática para frear as pretensões atômicas norte-coreanas.
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A Coreia do Norte, no entanto, descartou retornar “à humilhante mesa de negociações”, deixando evidente a intenção de criar novas condições favoráveis para a retomada das conversas sobre o seu programa nuclear. “O diálogo deve estar baseado no princípio de respeito à soberania e à igualdade”, afirmou o porta-voz norte-coreano no comunicado.
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