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Coreia do Norte alerta Seul e EUA contra exercícios ‘provocativos’

Coreia do Sul reage e informa que as manobras militares serão mantidas

Por Da Redação
16 jan 2014, 09h27

A Coreia do Norte exigiu nesta quinta-feira que a Coreia do Sul e os Estados Unidos suspendam exercícios militares anuais, marcados para fevereiro e março, alegando que representam uma provocação direta – uma declaração que sugere uma repetição da escalada das tensões ocorrida no ano passado. Em 2013, a Coreia do Norte prometeu retaliar eventuais hostilidades com ataques aos Estados Unidos, à Coreia do Sul e ao Japão. Por causa disso, a península da Coreia registrou a maior mobilização militar das últimas décadas.

“Nós alertamos firmemente as autoridades dos EUA e da Coreia do Sul para que parem os perigosos exercícios militares que podem levar a situação da península e os laços Norte-Sul para uma catástrofe”, informou o governo norte-coreano, segundo a agência estatal de notícias KCNA. Caso os dois exercícios anuais aconteçam, “as relações Norte-Sul chegariam a um ponto morto”, advertiu o regime do ditador Kim Jong-un por meio de um comunicado.

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A Coreia do Sul disse que os exercícios serão mantidos. “Se a Coreia do Norte realmente se comprometer com a agressão militar, nossos militares vão puni-los de forma inclemente e decidida”, disse Kim Min-seok, porta-voz do ministério sul-coreano da Defesa. Apesar das ameaças, não houve relatos de atividades militares excepcionais na Coreia do Norte. (Continue lendo o texto)

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As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra, já que seu conflito de 1950 a 1953 foi encerrado apenas com um armistício, não com um tratado de paz. A China, única aliada relevante da Coreia do Norte, se mostra alarmada com as provocações de ambas as partes e pediu moderação. “Todos os lados têm uma responsabilidade de manter a paz e a estabilidade na península coreana, e isso está de acordo com os interesses de todos os lados”, disse Hong Lei, porta-voz da chancelaria, em uma entrevista coletiva diária.

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Analistas dizem que, apesar das ameaças, a Coreia do Norte não pode correr o risco de dar início a um confronto armado, já que quase certamente sairia derrotada. Mas muitos observadores acreditam que o isolado regime comunista norte-coreano poderia novamente disparar um foguete de longo alcance ou testar uma arma nuclear. O país já testou três bombas atômicas, a última delas em fevereiro de 2013. Outra possibilidade seria um ataque de artilharia contra o território sul-coreano, como ocorreu em 2010, o que poderia motivar uma retaliação de Seul e um conflito mais amplo.

Os exercícios militares conjuntos entre EUA e Coreia do Sul, ainda sem datas definidas, se chamam ‘Key Resolve’ e ‘Foal Eagle’. Durante duas semanas, provavelmente entre fevereiro e março, o ‘Key Resolve’ mobilizará milhares de soldados sul-coreanos e americanos que irão simular cenários de combate contra o Norte. Já o ‘Foal Eagle’ durará cerca de dois meses e vai acontecer entre março e abril. Os EUA mantêm 28.500 militares na Coreia do Sul e se compromete a defender seu aliado em um hipotético ataque do Norte.

(Com agências Reuters e EFE)

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