Como os alemães se tornaram os queridinhos da torcida brasileira
Alemanha recorreu ao soft power para seduzir o Brasil durante a Copa
A Alemanha já usou muito em sua história o hard power, o poder militar, para alcançar seus objetivos. Mas, durante a Copa do Mundo do Brasil, o país recorreu a outro conceito para exercer influência. O soft power, ou poder suave, é o termo usado na diplomacia para definir a competência de um país para conseguir o que deseja por meio de sua cultura e de sua imagem, de sorrisos e paciência, em oposição a balas e canhões. O esforço envolveu a todos, desde o técnico Joachim Löw e os jogadores até a chanceler Angela Merkel. Saiba quais foram as principais ‘armas’ usadas pela Alemanha tetracampeã para conquistar o Mundial também fora de campo:
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Bahia, ‘Lepo Lepo’ e pataxós
Logo ao chegar ao Brasil, a seleção alemã tratou de cultivar laços com os moradores de Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia, onde o time ficou concentrado durante a Copa do Mundo. Nas primeiras semanas, Neuer e Schweinsteiger foram filmados cantando o hino do Bahia (devidamente uniformizados) e aprendendo a dançar o ‘Lepo Lepo’ e ‘Eu Quero Tchu, Eu Quero Tchá”. Uma comunidade indígena se apresentou para o grupo no dia do aniversário do atacante Klose – mais tarde, a Federação Alemã de Futebol faria uma doação de 10.000 euros para os pataxós. Uma escola municipal do vilarejo também recebeu apoio.