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Clérigo pró-Assad morre em explosão em Damasco

Além de Mohammed al-Buti, pelo menos outras 41 pessoas morreram no atentado. Sunita, ele era um dos principais apoiadores do governo Assad

Por Da Redação
21 mar 2013, 16h08

Um clérigo sunita pró-governo sírio foi morto em uma explosão em uma esquita no centro da capital, Damasco. A informação foi divulgada pela imprensa estatal. Mohammed al-Buti, anunciou a agência de notícias Sana, foi “martirizado em uma explosão terrorista”. O governo de Bashar Assad chama de terroristas os rebeldes que lutam por sua derrubada.

Segundo a informação oficial, a explosão no distrito de Mazraa decorreu de um ataque suicida. No entanto, o Observatório Sírio de Direitos Humanos, ONG que conta com uma rede de informantes em todo o país, disse que não está claro se a explosão foi causada por um carro bomba ou por um bombardeio. Pelo menos outras 41 pessoas morreram na explosão e mais de 84 ficaram feridas.

Buti, de 83 anos, era o responsável pelos sermões de sexta-feira, transmitidos pela TV estatal. Em uma de suas falas, ele descreveu a oposição a Assad como “escória”. Ele também usou sua posição para chamar os sírios a se unir às forças armadas e ajudar o ditador a derrotar seus rivais. No início do conflito, há dois anos, o clérigo deu um sermão dizendo ter tido uma visão de que a Síria receberia “a ira de Deus”, mas sobreviveria.

Para a oposição, ele era visto como um porta-voz religioso do governo. Buti fazia parte da maioria sunita da população síria, que comandou a revolta contra Assad, que é da minoria alauíta.

Investigação – A Organização das Nações Unidas (ONU) atendeu ao pedido do governo sírio para investigar os ataques ocorridos nesta terça-feira, na província de Aleppo, que resultaram em 25 mortes, de acordo com fontes oficiais sírias. O regime culpa os rebeldes de utilizar armas químicas, enquanto os opositores culpam o governo pelo ataque.

Para realizar o trabalho, no entanto, as Nações Unidas exigem acesso total para seus investigadores. “No cumprimento do mandato dessa missão de investigação, a cooperação total de ambas as partes será essencial. Insisto que isso inclua o acesso irrestrito”, disse Ban Ki-moon, secretário geral da organização. Em outras ocasiões, membros da ONU não conseguiram chegar a algumas áreas que estavam em conflito.

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As equipes que conduzirão a investigação receberam consultoria da Organização para a Proibição das Armas Químicas e da Organização da Mundial de Saúde.

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Nesta quarta-feira, opositora Coalizão Nacional Síria (CNFROS) disse que acredita ter cada vez mais provas de que o regime utiliza armas químicas contra os cidadãos sírios. A coalizão também enviou um pedido de intercessão para a comunidade internacional e, em comunicado, se colocaram à disposição para “receber esta delegação em território sírio e garantir sua segurança e passagem pelos lugares afetados”.

Apesar de os dois lados terem pedido ajuda à ONU, a investigação conduzida pela organização será focada apenas nas alegações de governo. O secretário-geral explicou que pode aceitar o pedido feito por qualquer estado membro, o que não é o caso da coalizão opositora, que elegeu seu premiê esta semana, em Istambul.

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Estados Unidos – Oficiais americanos disseram que não existe nenhuma evidência concreta para a acusação feita por nenhum dos dois lados. No entanto, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, disse que o país apoia a investigação.

Em sua visita a Israel, o presidente americano Barack Obama disse que o uso ou a transferência de armas químicas é totalmente intolerável. “Se Bashar Assad e aqueles que estão sob seu comando cometerem o erro de utilizar armas químicas ou falharem em sua obrigação de mantê-las seguras, haverá consequências. Eles serão responsabilizados”, disse.

Os conflitos na Síria, que completaram dois anos na semana passada, era uma das pautas esperadas no encontro de Obama e do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

(Com agência Reuters)

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