Clérigo conservador diz que futebol é ‘distração e destrói nações’
Para o islamita egípcio Yasser Borhami, o jogo atrapalha os deveres religiosos
Durante a Copa do Mundo, um clérigo egípcio ultraconservador disse que assistir a jogos de futebol era inaceitável no Islã, porque é uma distração. Yasser Borhami, membro fundador do principal movimento salafista no Egito, o Chamado Salafista, disse que perder tempo assistindo aos jogos era “um desastre que me deixa muito bravo”. Ele disse que ver as partidas era uma distração dos deveres religiosos e mundanos, levando, em última instância, à “destruição das nações e dos povos”.
Sua opinião religiosa, ou pronunciamento, que foi publicado no site do grupo em um vídeo neste sábado, diferem significativamente da sabedoria convencional de que as competições esportivas globais, como a Copa do Mundo, servem para promover a amizade e compreensão entre as nações do mundo. Borhami disse que há características no futebol que são contrárias aos preceitos islâmicos: distrair dos deveres religiosos, revelar partes do corpo que alguns muçulmanos acreditam que deveriam ser cobertas, ou fazer com que muçulmanos amem e apoiem os “incrédulos”.
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Esse suporte tem custado a perda de muito de seu apoio entre sua base, especialmente dos islâmicos conservadores mais jovens. Aliás, o seu mais recente pronunciamento não deve ajudar a retomar qualquer apoio da juventude, num país onde o futebol é o esporte nacional favorito.
(Com Estadão Conteúdo)