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China tem um plano para o colapso da Coreia do Norte, apontam documentos

Relatório do Exército chinês obtido pela imprensa demonstra que Pequim não crê na longevidade do governo ditatorial de Kim Jong-un

Por Da Redação
5 Maio 2014, 10h54

A China já possui um detalhado plano de contingência para um eventual colapso do regime norte-coreano, releva nesta segunda-feira o jornal britânico The Telegraph, com base em documentos que vazaram para a imprensa. A existência do plano indica que Pequim não mantém muitas esperanças no futuro do governo ditatorial comandado por Kim Jong-un.

Os documentos foram elaborados pelo Exército chinês e vazaram para a imprensa japonesa. Ainda não se sabe a extensão das informações e o grau de detalhes do projeto chinês, mas há indícios sugerindo que a China planeja construir campo de refugiados na fronteira com a Coreia do Norte para o caso de um surto de agitação civil no país vizinho. As autoridades chinesas pretendem questionar os recém-chegados, determinar suas identidades e isolarem quaisquer indivíduos que são considerados perigosos ou indesejáveis.

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Os documentos sugerem que “forças estrangeiras” poderiam ser responsáveis por um incidente que leve à ruptura dos controles internos na Coreia do Norte, resultando em milhões de refugiados que tentariam fugir. O relatório também faz um apelo para as autoridades chinesas reforçarem a fiscalização nos 879 quilômetros de fronteira terrestre entre os dois países. Há ainda um plano de proteção de figuras-chave da política e do Exército norte-coreano em caso de um colapso no país. A proteção seria contra possíveis ataques de “outras forças militares” interessadas em desmantelar o regime norte-coreano – numa referência aos Estados Unidos, segundo a imprensa japonesa.

De acordo com o jornal japonês Kyodo News, os documentos chineses propõem que os principais líderes políticos e militares norte-coreanos devem ser detidos em campos especiais, onde possam ser monitorados, mas também impedidos de dirigir operações militares ou tomar parte em ações que poderiam ser prejudiciais para o interesse nacional da China.

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“Isso [o relatório] só sublinha que todos os países envolvidos e preocupados com a estabilidade do nordeste da Ásia precisam conversar uns com os outros”, disse ao jornal Jun Okumura, especialista do Instituto Meiji para Assuntos Globais. “O que nós aprendemos com o fim de outras ditaduras – a União Soviética, a Líbia de Muammar Kaddafi – é que quanto mais totalitário for o regime, mais rápido ele cai”, acrescentou Okumura. “É por isso que precisamos de planos de contingência e tenho certeza de que os EUA e a Coreia do Sul também têm projetos nesse sentido, mas a descoberta das medidas chinesas é nova”, finalizou.

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A revelação dos planos chineses vem apenas dias depois de Pequim emitir um alerta a Pyongyang antes de um possível quarto teste nuclear norte-coreano. Sendo um dos únicos países com interlocução com os norte-coreanos, a China comunicou a seus vizinhos que “não permitiria ter uma guerra ou o caos em sua porta”. Por causa de atritos entre Pequim e Pyongyang, a China se recusou a exportar petróleo para a Coreia do Norte nos primeiros três meses deste ano.

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