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China amplia censura antes de aniversário do massacre na Praça da Paz Celestial

Após bloquear acesso a sites abrigados no exterior, porta-voz do governo afirma que 'democracia e Estado de direito continuam a ser aperfeiçoados'

Por Da Redação
3 jun 2014, 10h21

Vários sites e serviços do Google estão bloqueados na China por ocasião do 25º aniversário da repressão das manifestações na Praça da Paz Celestial, informou um grupo que monitora a censura na China. O governo chinês proíbe permanentemente o acesso a vários sites, incluindo Facebook, YouTube e Twitter, usando um sistema chamado de ‘Great Firewall’, um bloqueio eletrônico que agora foi reforçado com a proximidade da data considerada sensível.

Apesar de o Google ter se retirado da China em 2010, as páginas no exterior podiam ser visitadas usando programas que mascaram a origem dos acessos, mas nos últimos dias os sites foram bloqueados, segundo a organização GreatFire.org. “A censura é indiscriminada porque todos os serviços do Google de todos os países estão bloqueados agora na China”, afirmou a organização.

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A China defendeu nesta terça a repressão às manifestações que culminaram com o massacre de 4 de junho de 1989, quando o exército reprimiu o movimento pró-democracia que já durava dias na Praça da Paz Celestial em Pequim e matou centenas de pessoas ou mais de mil, dependendo das fontes. Para o governista Partido Comunista, as manifestações de 1989 que começaram em Pequim e se espalharam por outras cidades permanecem tabu depois que o governo classificou os protestos como ‘contrarrevolucionários’. O aniversário da data em que as tropas saíram atirando pelo centro de Pequim em 1989 nunca foi lembrado publicamente na China continental, embora todos os anos ocorram eventos em Hong Kong, devolvida pelos britânicos à China em 1997, bem como em Taiwan, que tem governo próprio e a China reivindica como parte de seu território.

O governo nunca divulgou uma cifra oficial de mortos na repressão, mas grupos de defesa dos direitos humanos estimam que tenham sido milhares e testemunhas falam de centenas ou vários milhares. “O governo chinês chegou há muito tempo a uma conclusão sobre a turbulência política no final dos anos 1980”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hong Lei, em seu contato diário com a imprensa. “Nas últimas décadas de reforma e abertura na China, as enormes conquistas no desenvolvimento social e econômico têm recebido atenção mundial. A construção de democracia e do Estado de direito continua sendo aperfeiçoada”, disse ele.

(Com agências France-Presse e EFE)

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