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China ameaça cortar ajuda se Coreia do Norte fizer teste nuclear

Jornal ligado ao PC chinês afirma que Pequim não hesitará caso haja novo teste. Advertência ocorre em meio a ameaça norte-coreana à Coreia do Sul

Por Da Redação
25 jan 2013, 03h46

A Coreia do Norte ameaçou nesta sexta-feira tomar medidas “físicas” contra a Coreia do Sul caso o governo de Seul participe da ampliação das sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU) ao governo de Pyongyang, mas ouviu uma ameaça maior e mais inesperada de seu único grande aliado, a China. Em editorial intitulado “Nem todas as questões da península (coreana) são problemas da China”, o jornal Global Times – controlado pelo Diário do Povo, órgão oficial do Partido Comunista – afirma que o governo chinês “não hesitará” em reduzir sua ajuda à Coreia do Norte caso o governo do ditador Kim Jong-un realize novos testes nucleares, ameaça feita esta semana.

“Se a Coreia do Norte se envolver em mais testes nucleares, a China não hesitará em reduzir apoio à Coreia do Norte”, diz o texto do Global Times, em referência ao plano divulgado por Pyongyang de realizar novos testes nucleares tendo como alvo os Estados Unidos, “inimigo jurado” do país segundo comunicado oficial publicado nesta quinta-feira.

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O texto do jornal chinês também manifesta descontentamento com a crítica norte-coreana sobre o apoio de Pequim à resolução do Conselho de Segurança da ONU que condenou o lançamento do foguete de Pyongyang no mês passado. A medida impôs mais sanções à Coreia do Norte, que na declaração de ameaça aos EUA também fez uma crítica velada ao governo chinês, insinuando que este estava sob “influência” dos americanos. “Os grandes países, que são obrigadas a assumir a liderança na construção de uma ordem mundial justa, estão abandonando sem hesitação até mesmo princípios elementares sob a influência de práticas arbitrárias e arrogantes dos Estados Unidos”, declarou o governo norte-coreano. Cutela – Nesta quinta-, após Pyongyang aumentar o tom contra Washington, China já havia pedido cautela ao regime comunista da península coreana. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês Hong Lei, que fez a declaração, também lançou um apelo à “parte concernente” para que não tome nenhuma medida que aumente as tensões Mesmo assim, Pyongyang divulgou nova ameaça nesta sexta-feira, desta vez ao vizinho do sul: “Se o regime fantoche da Coreia do Sul participar diretamente das sanções da ONU, fortes reações físicas serão tomadas”, disse o Comitê de Reunificação Pacífica da Pátria. Saiba mais: Coreia do Norte tem foguete capaz de atingir EUA, diz Seul

A expectativa agora é para a reação norte-coreana diante do surpreendente e inesperado posicionamento da China. A potência comunista é o maior fornecedor de energia e principal parceiro comercial da Coreia do Norte, além de ser o principal fornecedor de ajuda humanitária em forma de comida e medicamentos – arruinada por décadas de ditadura, a economia norte-coreana não é capaz de suprir nem mesmo as necessidades básicas da população. Além disso, o governo de Pequim é visto como uma das poucas nações capazes de influenciar o comportamento de Pyongyang.

(Com Estadão Conteúdo)

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