Cem pessoas morrem em novo massacre na Síria, diz oposição
Segundo relatos, forças do regime atacaram civis na província de Hama
Cerca de 100 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas pelas forças de segurança do ditador Bashar Assad na província de Hama, afirmaram ativistas da oposição nesta quarta-feira.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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De acordo com um porta-voz do Conselho Nacional Sírio, a principal coalizão de oposição, o novo massacre aconteceu nas cidades de Maarzaf e Al-Qubair – e somente nesta última pelo menos 78 pessoas morreram, assegura o Comitê de Coordenação Local.
“Temos uma centena de mortos nas aldeias de Al-Koubeir e de Maarzaf, entre eles vinte mulheres e vinte crianças”, declarou Mohamed Sermini, um porta-voz do CNS, que acusou as forças do governo e suas milícias de estarem por trás da ação.
Ele também pediu que os observadores internacionais, encarregados de supervisionar o cessar-fogo, visitem imediatamente os locais da matança.
A Comissão Geral da Revolução indicou que as forças governamentais cometeram execuções sumárias, já que grande parte dos corpos apresenta marcas de tiros a curta distância.
As mortes ainda não foram confirmadas oficialmente, mas a informação veio menos de duas semanas depois do massacre de Houla, onde 108 civis foram mortos em uma ação que também teria sido orquestrada pelas forças de Assad.
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