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Causadores dos distúrbios limparão as áreas destruídas

Medida de David Cameron pretende punir os jovens que não forem presos

Por Da Redação
16 ago 2011, 10h21

As pessoas que participaram dos distúrbios na Grã-Bretanha deverão limpar as áreas que destruíram, anunciou nesta terça-feira o vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg. O objetivo da medida do governo de David Cameron é punir os jovens processados que não forem presos, para que, ao pagar pelos atos que fizeram, não voltem a delinquir.

Entenda o caso

  1. • No dia 4 de agosto, um homem negro de 29 anos morreu após ser baleado por policiais em Londres. A polícia diz que estava tentando prender Mark Duggan quando ele reagiu, mas há versões que desmentem que a vítima estivesse armada
  2. • Dois dias depois, 120 pessoas se reuniram em uma marcha para protestar contra a morte de Duggan e pedir justiça. Porém, duas horas depois, gangues começaram a atacar policiais e depredar prédios, carros e bancos da cidade
  3. • Desde então, a onda de vandalismo se espalhou por diversos bairros de Londres e chegou até a outras cidades britânicas, com convocações feitas por meio de redes sociais na internet e mensagens de celular

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O Ministério da Justiça recomendará aos juízes decretar esse tipo de punição para que os participantes dos distúrbios enfrentem as comunidades que danificaram. “Quero que vejam suas vítimas”, disse o vice-primeiro-ministro. As vítimas só se sentirão protegidas se o castigo aos criminosos os fizer não voltar a cometer estes delitos, assinalou Cregg, para quem com essa medida os autores dos distúrbios poderão comprovar o dano que fizeram.

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O vice-primeiro-ministro anunciou ainda a criação de uma comissão independente para ouvir as vítimas e as comunidades afetadas, que deve elaborar um relatório em até nove meses para apresentar aos líderes dos três principais partidos. Nesta terça, o primeiro-ministro, David Cameron, visitou na área afetada pelos distúrbios no bairro londrino de Tottenham, e esteve em um centro social que fornece comida e roupa a 200 pessoas que perderam suas casas pelos incêndios. Ele conversou com as vítimas e com bombeiros.

Os distúrbios ocorridos em Londres e em outras cidades do país provocaram a detenção, só na capital, de 1.635 pessoas, das quais 940 já foram processadas. Entre eles está um adolescente de 16 anos acusado da morte de um homem de 68 anos que foi atacado quando tratava de evitar um incêndio em Ealing, no oeste de Londres, na semana passada.

Toque de recolher – A polícia britânica ganhará novos poderes para enfrentar os distúrbios que afetam a Inglaterra e já estuda uma possível mudança na legislação para impor toques de recolher em áreas específicas ou para jovens menores de 16 anos, disse nesta terça-feira a ministra de Interior, Theresa May.

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May defendeu a revisão do funcionamento da polícia da Inglaterra e do País de Gales depois da onda de violência que aconteceu entre os dias 6 e 10 de agosto em Londres e outras cidades inglesas, que incluiu saques e incêndios de edifícios e veículos. A ministra anunciou a criação de uma Agência Nacional do Crime na Grã-Bretanha e disse que é preciso aumentar o número de policiais nas ruas, o que, em sua opinião, não é necessariamente incompatível com o corte de 20% nos orçamentos que será aplicado pelo governo.

Segundo May, não importa tanto o número de agentes como o fato de que sejam visíveis e, atualmente, apenas 12% dos policiais podem ser vistos ao mesmo tempo nas ruas. “As forças policiais terão os recursos necessários para desdobrar agentes na mesma quantidade que vimos na semana passada”, declarou May, para quem é possível melhorar a visibilidade e a disponibilidade da polícia para o público. A ministra do Interior reconheceu: “agora é mais importante que nunca, porque estamos pedindo à polícia que lute contra o crime com um orçamento mais reduzido”.

(Com agência EFE)

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