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Caso de dissidente embaraça encontro entre China e EUA

Presidente chinês pediu 'respeito mútuo' na abertura de diálogo estratégico

Por Da Redação
3 Maio 2012, 01h49

Apesar de não ter sido citado em nenhum momento, o caso do dissidente chinês Chen Guangcheng pairou na abertura do diálogo estratégico entre Estados Unidos e China, nesta quinta-feira, em Pequim. Chen protagoniza uma saia justa diplomática entre os dois países desde que foi abrigado na embaixada americana na capital chinesa, onde passou seis dias após escapar da prisão domiciliar na semana passada.

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O presidente chinês, Hu Jintao, defendeu o “respeito mútuo” entre EUA e China no início do encontro diplomático, no qual serão discutidas questões de economia e segurança. Além disso, Hu pediu às duas maiores potências econômicas do planeta que cooperem e advertiu que qualquer problema nas relações bilaterais supõe “graves” riscos para o mundo.

Na véspera, a China já havia solicitado aos Estados Unidos que “deixassem de induzir ao erro a opinião pública” no caso Chen Guangcheng. O posicionamento foi uma resposta à secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que declarou pretender persistir no compromisso americano com o militante dos direitos civis.

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Nesta quinta-feira, em Pequim, Hillary pediu à China que respeite as “aspirações” e a “dignidade” de seus cidadãos, na inauguração do diálogo estratégico e econômico. Também sem citar Chen Guangcheng, que deixou a embaixada dos Estados Unidos em Pequim nesta quarta-feira, Hillary Clinton afirmou que todos os governos “devem responder às aspirações de seus cidadãos em relação à dignidade e ao estado de direito”. Segundo ela, “nenhum país pode, nem deve, negar estes direitos” a seu povo.

O ativista cego, que também é advogado, saiu da embaixada americana após receber garantias do governo chinês sobre sua segurança. Horas após abandonar a embaixada e ser levado a um hospital, o dissidente declarou à imprensa que foi induzido por funcionários americanos a sair da sede diplomática.

“A Embaixada esteve todo o tempo me pressionando a abandonar o local, e prometeu que haveria gente comigo no hospital, mas quando cheguei ao quarto esta tarde, todos haviam partido”, revelou o dissidente. Chen Guan escapou da prisão domiciliar na província de Shandong em 22 de abril, após quatro anos de confinamento. Sua presença na embaixada dos EUA provocou o que já é considerada a maior crise diplomática entre Washington e Pequim nos últimos anos.

(Com agência France-Presse)

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