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Capriles suspende marcha opositora e pede diálogo

Chefe da Assembleia Nacional nega direito de palavra a deputados opositores. Maduro diz que não reconhecerá governadores que questionem sua vitória

Por Da Redação
16 abr 2013, 21h17

O opositor Henrique Capriles suspendeu a marcha que havia convocado para esta quarta-feira até o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para pedir a recontagem dos votos da eleição presidencial realizada domingo, na qual saiu derrotado por estreita margem. O candidato da coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) convidou o governo a dialogar para resolver a crise. Mais cedo, o herdeiro político de Hugo Chávez, Nicolás Maduro, que venceu as eleições, disse que impediria a realização da manifestação.

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“Amanhã não vamos nos mobilizar e eu peço a todos os meus seguidores que se recolham; quem sair está do lado da violência, quem sair está fazendo o jogo do governo, o governo quer que haja mortos aqui no país”, disse Capriles, referindo-se aos protestos que deixaram sete mortos na segunda-feira, segundo números do governo. “Todos os que estão aqui, estão dispostos a abrir um diálogo para que a crise seja resolvida nas próximas horas”, acrescentou.

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Os protestos começaram depois que foi anunciada a vitória de Maduro com uma vantagem de apenas 1,7 ponto percentual sobre Capriles. O opositor pediu a recontagem de votos e o governista disse que aceitaria, mas depois, o CNE proclamou Maduro presidente eleito, sem que a recontagem fosse feita. No lugar da marcha, Capriles convocou panelaços para a noite de hoje e amanhã, ressaltando o sucesso do que foi realizado na segunda-feira, e aproveitou para pedir o fim da “perseguição contra pessoas que estão pedindo a recontagem de votos”.

Medidas arbitrárias – Nesta terça, o chefe da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que é vice-presidente do partido governista PSUV, anunciou que não reconhecerá e não concederá o direito de palavra aos parlamentares de oposição que não aceitem a vitória de Maduro. “Se não reconhecem Maduro como presidente, se não reconhecem as instituições, aqui não terão direito de palavra. Se quiserem, podem ir embora”, disse Cabello.

A ‘mordaça’ foi anunciada durante a discussão de um projeto de homenagem ao CNE, às Forças Armadas e ao candidato eleito, informou o jornal venezuelano El Mundo. O primeiro deputado atingido pela decisão foi Ismael García, do partido Avanzada Progresista, que apoia Capriles. Antes de iniciar sua intervenção, Cabello perguntou se ele reconhecia Maduro como presidente. Diante da resposta negativa, o chefe do Legislativo cedeu a palavra a outro deputado, do PSUV.

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Maduro também disse que não reconhecerá nenhum governador que não reconheça sua vitória, incluindo Capriles, governador de Miranda. “Governador que não me reconheça, eu não reconheço. Pronto. Não reconheço governador golpista que não reconheça a Constituição. Os recursos dos estados eu darei diretamente ao povo por meio de projetos”. À decisão arbitrária, o governista acrescentou que convocará uma reunião do Conselho Federal de Governo, que reúne os governadores de todo o país, “para que tudo seja revisado”.

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