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Canal de bispos diz que papa fez exorcismo; Vaticano nega

Nas imagens do vídeo é possível ver um dos garotos abrindo a boca e se movimentando de maneira interpretada pelo programa como anormal

Por Da Redação
21 Maio 2013, 20h50

O canal dos bispos italianos TV2000 afirmou que o papa Francisco realizou um ritual de exorcismo em uma criança que assistia no domingo à missa de Pentecostes na Praça de São Pedro do Vaticano. Especialistas consultados pelo programa Vade Retro, do canal da Conferência Episcopal Italiana (CEI), analisaram a cena e confirmaram que a liturgia teria mesmo sido realizada pelo pontífice.

No final da missa, Francisco se aproximou de um grupo de doentes, e o sacerdote que o acompanhava lhe disse algumas palavras que não puderam ser captadas pela gravação. O programa afirmou que a expressão do papa mudou, então, de maneira imprevista: “Francisco se mostrou pensativo, concentrado e estendeu as mãos sobre a cabeça do jovem, rezando intensamente”.

Vídeo – Nas imagens é possível ver um dos garotos abrindo a boca e se movimentando de maneira interpretada pelo programa como anormal, enquanto o papa segue rezando com as mãos apoiadas em sua testa. “Os exorcistas que viram as imagens não têm dúvidas: tratou-se de uma prece de expulsão do demônio ou de um exorcismo”, garantiu a TV2000, que dedicará um programa na próxima sexta-feira “à batalha do papa Francisco contra o diabo e suas seduções”.

A interpretação foi firmemente negada nesta terça-feira pelo porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi. “O papa não quis realizar nenhum exorcismo”, afirmou em um breve comunicado em resposta a jornalistas. “Como faz com frequência pelas pessoas doentes, ele simplesmente quis rezar por uma pessoa que sofre”, acrescentou. Depois disso, o diretor da TV2000, Dino Boffo, pediu desculpas pelo equívoco e lamentou a confusão.

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Exorcismo – A Igreja adota cautela e ceticismo em relação aos episódios de possessão. A desconfiança não significa relegar o combate ao demônio a um papel secundário. Admitir que o Mal existe e deve ser combatido significa também reconhecer o poder maior de Deus. A doutrina afirma que o demônio não é somente uma abstração filosófica, mas uma entidade que existe de fato e está em constante luta contra os desígnios divinos, ainda que só se manifeste como possessão em casos raríssimos.

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O exorcismo, uma prática muito antiga na igreja, é considerada pela Igreja Católica uma espécie de ciência. O padre que o realiza precisa ter atributos especiais. Somente um sacerdote que se destaque pela “piedade, ciência, prudência e integridade de vida” pode realizá-lo, e com autorização expressa do bispo a que responde. Os poucos padres que possuem esse poder particular dentro da instituição, têm o objetivo de expulsar a presença do demônio em uma pessoa, como Jesus fazia, segundo a tradição do Evangelho. A TV 2000 já havia afirmado que João Paulo II e Bento XVI exorcizaram fiéis na Praça São Pedro.

O Papa Francisco, desde que foi eleito em 13 de março, dedica parte de seu tempo aos doentes, conversando e rezando junto a eles. O pontífice, que respeita as formas de devoção popular, regularmente faz referência à presença do demônio no mundo e no homem.

(Com agências EFE e France-Presse)

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