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Cabello convoca mobilização em apoio a Chávez

Chefe da Assembleia Nacional também rebateu críticas da Igreja Católica venezuelana, que considera quebra da Constituição “moralmente inaceitável”

Por Da Redação
7 jan 2013, 18h48

O chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, convocou uma mobilização em Caracas em apoio a Hugo Chávez para o dia marcado para posse do presidente reeleito: 10 de janeiro. No mesmo dia, também será realizado um concerto em homenagem ao coronel, que deverá ser acompanhado por representantes de vários países. Chávez está internado em Cuba desde 11 de dezembro, quando foi submetido à quarta cirurgia para combater um câncer na região pélvica.

A data da posse tornou-se o dia da discórdia na Venezuela. A oposição cobra que Cabello assuma a Presidência na provável ausência de Chávez à cerimônia de posse. O chavismo, por sua vez, afirma que o juramento é mera formalidade.

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Cabello repetiu o discurso do vice-presidente Nicolás Maduro. Ele descartou que vá assumir a Presidência interinamente na quinta-feira, pois não há ausência temporária ou permanente de Chávez. “Aqui não há vácuo de poder e nada que dê chance a eles (opositores) de que Chávez se vá”, disse, segundo o jornal venezuelano El Mundo. “Nós que militamos no chavismo vamos fazer com que seja respeitada a decisão do povo nas eleições de 7 de outubro”.

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Igreja Católica – O chefe do Legislativo também rebateu o chamado da Igreja Católica venezuelana para que a Constituição seja respeitada. Segundo Cabello, a Carta Magna “é, sim, respeitada”. Segundo ele, quem deveria atender ao chamado são os representantes da igreja que encabeçaram o golpe de estado de abril de 2002 – que deixou Chávez dois dias longe do poder.

A Igreja considera “moralmente inaceitável” distorcer a Constituição para viabilizar a permanência de Chávez no cargo. O chefe da Conferência dos Bispos da Venezuela, Diego Padron, defendeu o dia 10 de janeiro como a data estabelecida para a posse. “No dia 10 de janeiro, o atual mandato presidencial termina e um novo começa. Caso contrário, o voto de 7 de outubro não teria tido nenhum sentido”, disse. “Não é nossa tarefa intervir publicamente, mas neste caso, o bem do país e a defesa da ética estão em risco. Alterar a Constituição para alcançar um objetivo político é moralmente inaceitável”.

Protestos – A mobilização em apoio a Chávez anunciada por Cabello é uma resposta aos protestos convocados pela oposição para o mesmo dia, caso o chefe do Legislativo não assuma a Presidência – o que abriria caminho para a convocação de novas eleições.

A oposição também planeja denunciar internacionalmente o que considera uma violação da Constituição. As organizações políticas que integram a coalizão Mesa da Unidade Democrática se reuniram para discutir os cenários que podem se apresentar depois da data da posse. Segundo o deputado Julio Andrés Borges, do partido Primeiro Justiça, a oposição vai “a diferentes países, instâncias, embaixadas e organizações para que se saiba que na Venezuela estão desvirtuando a Constituição por um problema interno”.

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