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Britânico é condenado por ligação com terrorismo na Síria

É a primeira decisão do tipo envolvendo um cidadão desse país; rebelde descreve explosão de hotel em Alepo

Por Da Redação
21 Maio 2014, 07h12

Um homem de 31 anos foi condenado nesta terça-feira na Grã-Bretanha por ligação com atos terroristas que seriam cometidos na Síria. É a primeira condenação relacionada à guerra civil no país árabe envolvendo um cidadão britânico. A promotoria argumentou no julgamento que durou 12 dias que Mashudur Choudhury, um morador de Portsmouth, viajou à Síria em outubro para com a intenção de ser treinado para usar armas de fogo.

O treinamento foi motivado por “uma causa política, religiosa e ideológica”, segundo a promotoria, que também apresentou testemunhas que afirmaram que Mashudur costumava manifestar o desejo de se tornar um “mártir”. Mashudur foi preso no aeroporto de Gatwick no final de outubro, logo após voltar da Síria. Os promotores também mostraram que o réu trocou mensagem com Ifthekar Jaman, um membro do grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que já foi ligado à rede Al Qaeda. A sentença deve ser proferida em 13 de junho.

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Hotel – Nesta terça-feira, o jornal The Guardian publicou uma entrevista com um rebelde chamado Abu Assad, um membro do grupo Frente Islâmica. Segundo o jornal, foi ele quem liderou o grupo que explodiu no dia 8 de maio o hotel Carlton, em Alepo, que era utilizado como base militar pelas forças do regime do ditador Bashar Assad. A explosão provocada em um túnel cavado sob o hotel foi tão forte que edifícios próximos também ficaram destruídos. Entre 30 e 50 pessoas morreram. Um vídeo da explosão foi divulgado na internet

“Eu estava sentando nesta sala”, disse Abu Assad para a reportagem, apontando o lugar onde observou a detonação. “Nós ouvimos a explosão daqui. Ficamos muito felizes.” O rebelde afirmou ainda que o efeito do ataque sobre a ânimo dos seus homens foi enorme. “Desde então os homens querem lutas ainda mais. Chamamos o ataque de ‘operação terremoto em Alepo'”, disse. Ele afirmou que o túnel tinha 107 metros de cumprimento e demorou 33 dias para ser escavado.

Até o início do conflito na Síria, o hotel Carlton era um dos mais refinados do país. Ele estava localizado em um edifício construído há 150 anos na entrada de uma cidadela do século XIII que, junto com o restante da Cidade Velha, é considerada Patrimônio Mundial da Unesco. O rebelde também afirmou que decidiu cavar túneis e enchê-los com explosivos após a sugestão de um palestino. “Eu já supervisionei a construção de nove desses túneis”, disse. Abu Assad falou com total desenvoltura para o The Guardian. Quando a reportagem perguntou por que ele não se preocupava em esconder o rosto, Assad respondeu que deseja que seus inimigos o temam. “Quero que eles saibam que estou indo atrás deles.”

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