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Briga por comida provoca oito mortes nas Filipinas

Os sobreviventes do supertufão Haiyan foram esmagados após uma parede cair em cima de pessoas que tentavam alcançar a distribuição de sacos de arroz

Por Da Redação
13 nov 2013, 15h37

Ao menos oito pessoas morreram nesta quarta-feira durante uma briga por comida na província de Leyte, uma das regiões atingidas pelo tufão Haiyan nas Filipinas. Segundo a rede CNN, as pessoas se aglomeravam para receber sacos de arroz quando, por causa da pressão da multidão, uma parede desabou sobre as vítimas. As mortes levantaram novas críticas contra a forma como o governo filipino está tratando a tragédia. Os sobreviventes acusam as autoridades de negligenciar ajuda às áreas remotas, enquanto os políticos seguem apontando a destruição da infraestrutura do país como principal empecilho para as equipes de resgate.

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“Eu não acho que isso seja culpa de ninguém. Acredito que tudo se deve à geografia do país e à devastação”, disse o porta-voz da Unicef, Christopher de Bono. De acordo com a CNN, poucos grupos de ajuda realmente organizados foram vistos distribuindo suprimentos para as vítimas do Haiyan. O secretário de gabinete, Rene Almendras, disse à rede BBC que o governo filipino está sobrecarregado com as demandas que surgiram após o desastre. Almendras afirmou, ainda, que o país está lidando “muito bem” com os efeitos provocados pelo fenômeno.

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Segundo a rede BBC, os primeiros sinais de que os sobreviventes serão atendidos de forma adequada partiram da comunidade internacional. Os aviões americanos designados para a região começaram a pousar nesta quarta-feira no aeroporto de Tacloban, a cidade mais atingida pela tragédia. Os suprimentos estão sendo colocados em helicópteros que partirão para áreas em que o acesso por terra é impossível. Além disso, os enviados franceses e belgas montaram os primeiros hospitais de campanha na região. A estrada que liga a capital do país, Manila, até Tacloban também foi liberada para uso dos veículos de resgate.

O jornal The Guardian, no entanto, aponta que o governo ainda não tomou nenhuma atitude para resolver a questão da decomposição de corpos que estão empilhados nas ruas de Tacloban. Embora especialistas atestem que os corpos não são a principal ameaça à saúde dos sobreviventes do Haiyan, os danos psicológicos que as cenas podem causar são graves. “Eu vi gente morta nas ruas e nas calçadas. Aquilo me deixou assustado”, disse Rastin Teves, de apenas nove anos. Já Juan Martinez, que está morando em uma barraca improvisada, espera que as autoridades possam recolher o corpo de sua mulher e seus dois filhos que estão cobertos por sacolas plásticas. “Eu quero saber para onde as vítimas estão sendo levadas.”

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Tensão – Conforme aumenta o desespero dos sobreviventes que ainda não receberam água potável e mantimentos, as autoridades tentam evitar que uma onda de violência se espalhe pelo país. A BBC informou que tiros foram disparados em determinadas áreas nesta quarta-feira, enquanto um garoto acabou esfaqueado no estômago. “Esta é a maior operação logística da história das Filipinas. Nós nunca fizemos nada parecido com isso antes”, disse Almendras.

As autoridades filipinas elevaram para 2 275 o balanço provisório do número de mortos após a passagem do supertufão Haiyan pelo país. O último relatório divulgado pelo órgão de gestão de desastres do governo também traz o número de 3 365 feridos. Na terça-feira, o presidente Benigno Aquino III revisou a estimativa inicial de 10 000 mortos para 2.500. Ele afirmou que a conta estabelecida pelas autoridades regionais era “muito alta”, mas não deu maiores detalhes sobre como o governo fará para identificar as vítimas em regiões mais abastadas.

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