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Brasileiros isolados na Líbia dividem casa com 50 pessoas

Funcionários e familiares da Queiroz Galvão não têm autorização para sair do país

Por Luciana Marques
21 fev 2011, 19h02

A jornalista Mariana Hansen, que mora no Rio de Janeiro, disparou e-mails e telefonemas nesta segunda-feira para pedir resgate à sua família, que está isolada em Benghazi, segunda maior cidade da Líbia. Seu pai, Roberto Roche Moreira, que trabalha há dois anos em uma filial da construtora Queiroz Galvão no país, não tem autorização para sair da Líbia.

Manifestantes ocuparam o município onde ele vive em protesto contra o ditador líbio, Muamar Kadafi, e a situação ficou caótica. O funcionário, sua esposa, Débora Kloeppel e seus dois filhos, Marina Roche Moreira e Bernardo Roche Moreira, tiveram que dividir uma casa com cinquenta pessoas. Todos são funcionários e familiares da Queiroz Galvão, que aguardam autorização do governo da Líbia para saída do país.

“Eles não podem sair às ruas e não sei como está o estoque de água e de comida. Não sei quanto tempo isso vai durar”, afirmou Mariana ao site de VEJA. “Eles estão muito nervosos, muito ansiosos. Meu pai chorou ontem ao falar comigo ao telefone”, completou. Segundo a jornalista, a comunicação com a família está cada vez mais difícil, já que a Internet está sem sinal e o celular não funciona regularmente. O funcionário contou para a filha que os manifestantes estão armados com “paus e pedras” nas ruas.

De acordo com Mariana, a Queiroz Galvão fretou um avião para retirar os funcionários do local, mas ainda depende de uma autorização para pousar em Benghazi. Em nota, a empresa disse que possui 130 trabalhadores brasileiros na Líbia e que “todos estão bem”. O texto diz ainda que a companhia já se mobilizou para transferir os funcionários e está em permanente contato com o Itamaraty, com a Embaixada do Brasil em Trípoli e com as autoridades locais.

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Além da Queiroz Galvão, a construtora Odebrecht também está se mobilizando para a retirada de brasileiros que trabalham em nome da empresa no país. Em nota, a companhia informou que 187 brasileiros, entre funcionários e familiares, devem deixar o país por meio de aviões fretados. Ainda de acordo com Odebrecht, “não há registro de qualquer incidente com seu pessoal, líbios ou expatriados”.

Em nota, o Itamaraty disse que governo brasileiro “insta as autoridades líbias a tomarem medidas no sentido de preservar a segurança e a livre circulação dos estrangeiros que se encontram no país”. O texto pede ainda às autoridades da Líbia que deem “atenção urgente à necessidade de garantir a segurança na retirada dos cidadãos brasileiros que se encontram nas cidades de Trípoli e Benghazi”.

O Ministério das Relações Exteriores informou também que a Embaixada do Brasil na Líbia está em contato permanente com a comunidade brasileira naquele país.

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