Beatificação de João Paulo II terá forte esquema de segurança
Monitoramento será por terra, ar e vias fluviais. Inteligência investiga grupos que poderiam planejar ataques
A operação para garantir a segurança da cerimônia de beatificação de João Paulo II, que será realizada no próximo domingo, já está em andamento. O plano desenhado pelo comissário de Roma, Francesco Tagliente, dividiu a Praça de São Pedro e a Via da Conciliação em três áreas – e ainda as subdividiu em nove microrregiões, cada uma delas vigiada. Ao menos 50 chefes de Estado e 400.000 peregrinos são esperados na cerimônia.
Durante a cerimônia de beatificação e os dias precedentes, até o rio Tibre será patrulhado pela Polícia Fluvial. O controle de segurança será feito pelo ar na Praça de São Pedro, que receberá 40.000 cadeiras. Além desses locais, haverá outros 40.000 postos para acompanhar a beatificação de pé, informam os meios de comunicação italianos. Os demais fiéis assistirão à cerimônia de beatificação a partir da Via da Conciliação, que é a avenida que desemboca na Praça de São Pedro.
Inteligência – Será o próprio papa Bento XVI quem presidirá a cerimônia solene, que terá a presença também de um grande número de eclesiásticos, todos acomodados em uma área próxima ao altar, oposta à das autoridades civis.
O jornal “Repubblica” garante que os serviços de inteligência italianos trabalham fora e dentro da Itália para recolher informação de estrangeiros suspeitos que tenham intenção de chegar a Roma nos próximos dias. Eles investigam movimentos anarquistas e anticlericais, que poderiam aproveitar-se do evento “para iniciativas inesperadas”.
Organização – Na véspera da beatificação, será realizada uma vigília no Circo Máximo pelo cardeal vigário de Roma, Agostino Vallini. Para esse evento está prevista a presença de 100.000 pessoas. “Estamos todos mobilizados para reduzir ao mínimo os incômodos aos cidadãos. Colocamos vários serviços de suporte e proibimos a circulação de carros nas zonas afetadas”, informou nesta terça-feira o prefeito de Roma, Giannni Alemanno. “Quem não estiver interessado na beatificação é melhor que nesse dia procure algum lugar fora de Roma”, sugere Alemanno.
A prefeitura estimou que além dos 400.000 peregrinos, haverá 450.000 turistas e mais 20.000 romanos que pretendem prestar homenagem ao papa João Paulo II (1920-2005). A maioria dos peregrinos vem da Polônia, país de origem de Karol Wojtyla, o papa João Paulo II.
(Com agência EFE)