Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Bachelet confirma: vai disputar a Presidência do Chile

Ex-presidente retornou ao Chile após 30 meses em Nova York, onde ocupou cargo na ONU, e falou da necessidade de 'reformas mais profundas' no país

Por Da Redação
28 mar 2013, 02h41

A ex-presidente chilena Michelle Bachelet anunciou nesta quarta-feira que aceitou ser a pré-candidata de uma coalizão de centro-esquerda à Presidência do país, o que acelera a corrida presidencial no Chile rumo è eleição de 17 de novembro. Segundo as pesquisas, ela é favorita para vencer a disputa. O último levantamento do Centro de Estudos Públicos (CEP) indica que 53% dos chilenos acreditam que a ex-presidente será a próxima chefe do Executivo. O segundo colocado, o ex-ministro de Mineração e de Obras Públicas, Laurence Golborne, aparece em segundo com 15%.

Leia também:

Economia chilena avança 5,6% em 2012

Bachelet, a primeira mulher a governar o Chile, fez o anúncio apenas doze horas depois de voltar ao país após 30 meses de ausência, período em que ocupou o cargo de diretora-executiva da ONU Mulheres, em Nova York, nos Estados Unidos. A candidatura da socialista, contudo, não é uma surpresa. Há meses seu nome é mencionado entre os postulantes ao Palácio de La Moneda.

Continua após a publicidade

Em um discurso de 20 minutos, Bachelet pôs fim às especulações. “Amigas e amigos, quando estive aqui eu disse a vocês: em março conversamos. Estou aqui diante de vocês cumprindo minha promessa. Estou aqui diante de vocês disposta a assumir esse desafio, que é pessoal, mas, sobretudo, coletivo, com alegria, com determinação e muita humildade, tomei a decisão de ser candidata”, disse ela a um grupo de simpatizantes, sob aplausos e assobios. Bachelet ainda falou da existência de “mal-estar” no país, exposto pelos recentes protestos estudantis por educação gratuita e de qualidade e descontentamento da classe-média, “que se sente excluída e desprotegida”, disse.

Ela também prometeu “reformas profundas” para derrotar a desigualdade. “Durante muito tempo nos dedicamos a fazer ajustes no modelo (do estado). Alguns foram bons. Mas outros, insuficientes. Temos que levar a cabo reformas mais profundas se queremos derrotar de verdade a desigualdade em nosso país”, declarou.

Popularidade – Governante do Chile entre 2006 e 2010, Michelle Bachelet conseguiu que sua gestão fosse uma das mais populares da história chilena graças a um estilo cordial de liderança, políticas de benefícios sociais e austeridade econômica em um dos países mais estáveis da América Latina. Sua popularidade não foi prejudicada nem mesmo com a lenta resposta de seu governo às consequências do devastador terremoto seguido de tsunami de 27 de fevereiro de 2010.

Continua após a publicidade

Apesar disso, a ex-presidente é considerada por seus partidários como a melhor candidata da coalizão opositora Concertación para enfrentar a direita, que atualmente governa o Chile. O presidente chileno, Sebastián Piñera, que não pode mais concorrer à reeleição, enfrenta baixa popularidade nas pesquisas apesar de ter conseguido um crescimento econômico superior ao da gestão de Bachelet.

Há dois prováveis candidatos governistas na corrida para disputar a Presidência: o ex-ministro de Mineração e de Obras Públicas Laurence Golborne, um carismático empresário, e o ex-ministro da Defesa Andrés Allamand, um político experiente. Golborne, o mais cotado, liderou o famoso resgate dos 33 mineiros chilenos presos em uma mina em 2010.

(Com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.