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Ataques entre Gaza e Israel ameaçam conversas de paz

Jihad Islâmica lançou dezenas de foguetes contra Israel depois de que três membros do grupo terrorista foram mortos em ataque aéreo israelense. Na quarta-feira, Knesset aprovou projeto que prevê fim da isenção de alistamento militar para ortodoxos

Por Da Redação
13 mar 2014, 18h14

Um dia depois de lançar mais de sessenta foguetes em direção a Israel, a organização terrorista Jihad Islâmica afirmou nesta quinta-feira ter concordado, com a mediação do Egito, em interromper os ataques se o outro lado aceitar uma trégua. No entanto, horas depois, dois novos foguetes foram lançados a partir de Gaza, segundo informação da polícia israelense.

O governo israelense não comentou a declaração, mas parece estar se preparando para um período de ataques, informou a rede americana CNN, com as Forças de Defesa convocando reservistas para operarem o sistema de defesa usado para interceptar mísseis.

O ataque da Jihad Islâmica ocorreu depois de Israel ter promovido um ataque aéreo que matou três membros da organização. A ação israelense atingiu sete localidades no sul de Gaza, segundo o New York Times, incluindo um centro de treinamento do Hamas, e túneis na fronteira de Gaza com o Egito. Na manhã desta quinta, dois foguetes atingiram áreas perto das cidades de Ashdod e Ashkelon, no sul de Israel. Não há informações sobre mortos.

Analistas temem que a nova onda de ataques ameace não apenas o frágil cessar-fogo acertado em 2012 entre Gaza e Israel, mas também as conversas de paz lideradas pelos Estados Unidos, que tiveram início no ano passado e se arrastam desde então. O jornal americano pondera que os dois lados parecem estar contendo suas ações, talvez para evitar consequências piores. Do lado de Gaza, não foram lançados mísseis de longo alcance, enquanto os ataques aéreos israelenses, na quarta-feira, atingiram áreas abertas, sem deixar vítimas.

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Serviço militar – Também na quarta-feira, o Parlamento israelense, Knesset, aprovou um projeto que termina com a isenção total de prestação do serviço militar para judeus ortodoxos. O processo será gradativo e prevê um período de transição até 2017, durante o qual serão estabelecidas cotas anuais de alistamento e a opção por um serviço civil. A lei ainda permite que os 1.800 estudantes dos seminários dedicados ao estudo da Torá que tiverem o melhor desempenho estarão desobrigados a se alistar.

O tema é bastante sensível no país, onde a maioria dos homens é obrigada a cumprir três anos de serviço militar e permanecer na reserva até os 45 anos (as mulheres cumprem dois anos). Uma parcela da população secular vê a isenção como uma afronta ao principio do igualitarismo. Nas últimas eleições, o partido Yesh Atid, autor do projeto, recebeu mais de meio milhão de votos defendendo a plataforma do fim da isenção total.

Boicote – A oposição boicotou a votação, não tanto pelo teor do projeto, mas por ele ter sido aprovado junto com um pacote de outras leis controversas analisadas nos últimos dias. O opositor Partido Trabalhista, que liderou o boicote, acusou o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de ter sufocado o debate sobre os projetos ao acertar um acordo com os outros partidos da sua coalizão para aprovar três propostas.

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Além do fim da isenção, também foi aprovado o aumento do percentual da cláusula de barreira para os partidos israelenses que queiram entrar no Parlamento de 2% para 3,25% (medida que vai prejudicar em cheio os nanicos partidos árabes) e também a proposta de realização de referendos sobre eventuais retiradas israelenses de territórios ocupados na eventualidade de um acordo de paz ser assinado.

(Com agência France-Presse)

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