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Ataques contra cristãos na Nigéria matam mais de trinta

Escalada de violência no norte do país aumenta temor por conflitos religiosos

Por Da Redação
6 jan 2012, 21h30

Pelo menos 36 pessoas morreram nos dois últimos dias no norte da Nigéria em quatro ataques contra cristãos, após o fim de um ultimato do grupo islâmico radical Boko Haram exigindo a saída dos fiéis do norte do país.

Atentado durante funeral – No mais recente ataque, realizado nesta sexta-feira na cidade de Yola, nordeste da Nigéria, ao menos oito pessoas morreram quando homens armados entraram em uma igreja, informou uma fonte médica. Outro ataque deixou 17 pessoas mortas nesta sexta-feira na cidade de Mubi, também no nordeste nigeriano, durante um funeral de cristãos mortos na noite anterior. Um morador de Mubi afirmou que, após o assassinato na véspera de cinco pessoas em um hotel, os amigos e parentes dos mortos se reuniram na casa de uma das vítimas. “Homens não identificados chegaram à casa e mataram 17 pessoas”, afirmou ele.

Também no nordeste do país ocorreu outro ataque, na noite de quinta-feira, contra fiéis reunidos em uma igreja perto de Gombe. “Eram as sete e meia da tarde (16h30 de Brasília) quando homens armados invadiram a igreja e abriram fogo contra a assembleia de cristãos. Seis pessoas morreram no ataque e outras dez ficaram feridas”, explicou John Jauro, pastor da igreja atacada.

Radicalismo – Horas depois, o suposto porta-voz do grupo islamita assumiu a autoria dos ataques contra a igreja perto de Gombe. O porta-voz, que se apresentou como Abul Qaqa, também afirmou que os atentados foram uma resposta ao ultimato dado pelo grupo no domingo para que os cristãos deixassem em três dias o norte do país, de maioria muçulmana. O sul da Nigéria, país de 160 milhões de habitantes, é de maioria cristã. No entanto, milhões de muçulmanos vivem no sul e outros milhões de cristãos, no norte.

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O Boko Haram, cujo nome significa “a educação não islâmica é um pecado” luta para impor a lei islâmica (sharia) na Nigéria. No passado, o grupo terrorista, que já assumiu vínculos com a Al Qaeda, reivindicou entre outros o atentado suicida cometido em agosto de 2011 contra os escritórios da ONU em Abuja, no qual morreram 25 pessoas. Suas operações parecem ter tomado novas feições com a onda de atentados no dia de Natal, contra igrejas cristãs e que deixaram 49 mortos.

Tensão religiosa – Diante da escalada de violência, muitos temem uma explosão de conflitos religiosos. Alguns líderes cristãos ameaçaram recentemente se defender caso seus correligionários voltem a ser atacados. “Não estamos chamando os cristãos à vingança, mas estamos chamando a ficarmos alerta e protegernos, proteger suas famílias e seus bens contra estes ataques”, disse nesta sexta-feira o líder da principal organização cristã do norte do país, a CAN.

(Com agência France-Presse)

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