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As armas que ceifaram uma geração na I Guerra Mundial

No conflito que acabou com a era da inocência, armas foram testadas sem que se pudesse avaliar seu poder de destruição. O saldo: 15 milhões de mortos

Por Edoardo Ghirotto
15 fev 2014, 15h19

Se a discussão atual sobre armas de guerra é permeada por questionamentos sobre os limiares éticos no uso dos drones e pela condenação do uso de armas químicas no conflito da Síria, há cem anos a humanidade começava a acompanhar o que seria o morticínio generalizado representado pela I Guerra Mundial. Onde as armas químicas fizeram sua terrível estreia e onde teve início a busca por um avião que, controlado remotamente, pudesse espionar e atacar as fileiras inimigas.

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Entre 1914 e 1918, foram 15 milhões de mortos, entre militares e civis. Saldo aterrador do primeiro conflito moderno da História, no qual novas armas foram usadas antes que seu poder de destruição fosse conhecido, e equipamentos foram aprimorados a partir das dificuldades enfrentadas no front. Foi assim que granadas que falhavam ao cair em poças de lama foram aperfeiçoadas. Ou que as submetralhadoras substituíram os modelos anteriores, que pesavam até sessenta quilos e exigiam até seis homens em sua operação.

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“Do ponto de vista militar, a principal lição tirada da guerra foi que as táticas de infantaria dos séculos XVIII e XIX eram fúteis”, destacou Bruce Canfield, autor do livro U.S. Infantry Weapons of the First World War (Armas de Infantaria dos Estados Unidos na I Guerra Mundial). “Ninguém tinha a experiência de lutar uma guerra desse tipo. Eles tiveram que aprender quando estavam sozinhos no combate. Muitos generais da I Guerra foram criticados por terem errado e sacrificado vidas, mas, honestamente, eles não tinham outras opções”, acrescentou o historiador Peter Simkins, da Universidade de Birmingham, na Inglaterra.

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O plano da Alemanha de conseguir uma vitória militar sobre França e Rússia em duas semanas se converteu em uma derrota dos alemães após quatro anos. O resultado, segundo os especialistas ouvidos pelo site de VEJA, não foi influenciado tanto pela capacidade bélica, mas pela eficiência em usar o que se tinha à disposição. “A guerra mostrou que nenhuma vitória era ‘barata’. As batalhas em campos abertos em 1914 e 1918 custaram ainda mais vidas do que os conflitos em trincheiras”, disse Paul Cornish, curador das galerias da I Guerra Mundial no Imperial War Museum, de Londres.

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“A guerra não se tratava mais de se ter armas melhores ou piores. Era algo mais parecido com uma equipe de futebol cheia de estrelas que é derrotada por outra que não dispõe de craques, mas está melhor entrosada. O modo como os Exércitos manejavam as armas se tornou o diferencial. E foi assim que franceses e britânicos vieram a derrotar os alemães no fim do conflito”, completou Peter Simkins.

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