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Armar rebeldes sírios vai instigar terrorismo, afirma Assad

'Se os europeus fornecerem armas a oposicionistas, a Europa vai pagar o preço por isso', declarou o ditador da Síria em entrevista publicada por jornal alemão

Por Da Redação
18 jun 2013, 05h55

O ditador da Síria, Bashar Assad afirmou em entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal alemão Frankfurter Allgemeine que a Europa “pagará o preço” por armar os rebeldes sírios e que isso vai provocar mais pobreza no país e instigar o terrorismo às portas do continente europeu.

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“Se os europeus fornecerem armas (aos grupos rebeldes), o ‘quintal’ da Europa se tornará terrorista e a Europa vai pagar o preço por isso”, afirmou Assad. “O terrorismo significa caos, o caos leva à pobreza, e a pobreza significa que a Europa perde um grande mercado. A segunda consequência seria a exportação direta do terrorismo para a Europa’, acrescentou.

De acordo com Assad, o envio de armamento aos grupos opositores vai melhorar a formação de combate dos terroristas e estes, em algum momento, se voltarão para a Europa para cometer atentados. Ele fez questão de colocar diferenças entre os países europeus, como a França e a Grã-Bretanha, que têm uma “postura hostil em relação à Síria” e “querem enviar armas para os terroristas” e países como a Alemanha, que “se questionam de forma racional” sobre esse assunto.

Bashar Assad negou as acusações dos EUA, Grã-Bretanha e França de que suas tropas fizeram uso de armas químicas na luta contra os rebeldes. “Se Paris, Londres e Washington tivessem uma única prova de suas acusações, já teriam apresentado para todo o mundo”, desafiou. O ditador sírio considera que a denúncia de alguns países ocidentais sobre o uso de armas químicas esconde a intenção de se fazer uma intervenção militar em seu país. “Tudo o que foi dito sobre o uso de armas químicas é a continuação das mentiras sobre a Síria. É uma tentativa de justificar uma intervenção militar maior”‘, afirmou Assad.

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Renúncia – Segundo o presidente, a renúncia antes do fim de seu mandato em 2014, como quer a oposição e os governos europeus e dos EUA, não é uma possibilidade. “Outros estados querem que o presidente renuncie em favor de um de seus lacaios”, disse em tom depreciativo.

O ditador, que justificou o apoio militar e diplomático da Rússia e do Irã, garantiu que os “terroristas rebeldes” são os únicos responsáveis pela escalada da violência na guerra civil síria, na qual após mais de dois anos pelo menos 94 000 pessoas morreram, e centenas de milhares tiveram que fugir de casa e abandonar o país, segundo os cálculos das Nações Unidas.

(Com agência EFE)

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