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Após recuo britânico, EUA dizem que França é ‘mais antigo aliado’

Secretário John Kerry não mencionou a Grã-Bretanha ao falar do apoio ao governo americano para uma eventual intervenção na Síria

Por Da Redação
30 ago 2013, 22h32

Depois que a Grã-Bretanha recuou no apoio a uma intervenção na Síria, o secretário de Estado americano mandou um recado indireto para o aliado. No pronunciamento desta sexta-feira sobre a crise síria, John Kerry fez referência à França como “nosso mais antigo aliado”, o que foi classificado pelo jornal britânico The Telegraph como um “tapa na cara diplomático”. A referência, destaca o jornal, data de 1776, quando a França apoiou os americanos contra os britânicos na Guerra da Independência.

“Faz diferença se nada for feito. Faz diferença se o mundo expressar condenação e nada acontecer”, disse Kerry, menos de 24 horas depois da decisão do Parlamento britânico que forçou o primeiro-ministro David Cameron a recuar na oferta de apoio aos EUA.

Nesta sexta, a França reafirmou seu apoio a uma resposta militar ao ataque químico do último dia 21, nos arredores de Damasco, que deixou mais de 1 400 mortos, segundo número divulgado por Kerry. O presidente François Holland disse ao jornal Le Monde que ainda é a favor de uma “firme” ação punitiva ao ataque. Um funcionário do gabinete de Holland informou que ele conversou com Obama por telefone nesta sexta e que ambos “mostraram grande determinação sobre a crise”.

Hollande não precisa de aprovação do Parlamento para tomar uma decisão em relação à Síria e pode agir antes mesmo do debate parlamentar previsto para ocorrer na próxima quarta. Na Grã-Bretanha, o premiê Cameron também não precisava obter o aval do Parlamento, mas, depois de ser derrotado em uma votação nesta quinta, afirmou que acataria a decisão.

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“Os Estados Unidos devem se sentir confiantes e gratificados por não estarem sozinhos na condenação e em nosso desejo de fazer algo a respeito disso e agir”, acrescentou Kerry, listando em seguida os apoiadores dos EUA, incluindo a Liga Árabe, a Turquia, a Austrália e a França. A ausência da Grã-Bretanha entre os citados foi notável.

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Outros aliados – O presidente Barack Obama também falou sobre a crise na Síria nesta sexta destacando que aliados como Israel, Turquia e Jordânia seriam ameaçados, assim como interesses de segurança nacional americanos, se fosse permitido à Síria usar armas químicas sem nenhuma resposta. Além disso, acrescentou, terroristas poderiam pôr as mãos nesse tipo de armamento. A resposta que será dada, no entanto, continua uma incógnita, com Obama limitando-se a dizer que ela será “limitada” e não envolverá o envio de tropas.

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As implicações regionais também puderam ser verificadas no anúncio feito por um grupo xiita iraquiano que afirmou que atacaria os interesses americanos no Iraque e na região se Washington realizar uma ofensiva na Síria. O grupo identificado pela agência Reuters como Al Nujaba’a, que cruzou a fronteira para lutar ao lado das tropas leais ao regime de Bashar Assad.

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