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Anotações particulares de João Paulo II são publicadas

O pontífice havia pedido a seu secretário particular para queimá-las após a sua morte, mas ele as guardou e as transformou em um livro de 640 páginas

Por Da Redação
5 fev 2014, 15h34

Um livro de 640 páginas com anotações pessoais do papa João Paulo II (1920 – 2005) está sendo lançado na Polônia, em meio a uma controvérsia. Isso porque o desejo do pontífice era que o material fosse queimado depois de sua morte. No entanto, seu secretário particular, o cardeal Stanislaw Dziwisz, resolveu manter algumas notas, dizendo que não teve coragem de destruí-las, por considerar que, por meio das mensagens, o público terá uma profunda visão da vida e dos pensamentos de João Paulo II.

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Dziwisz disse a jornalistas que “não tinha dúvidas” quanto à publicação das notas. “Essas anotações são muito importantes. Elas dizem muito sobre o lado espiritual, sobre a pessoa, sobre o grande papa. Destruí-las seria uma crime”. Os arquivos resultaram no livro ‘Nas Mãos de Deus, Notais Pessoais 1962-2003’ (em tradução livre).

De acordo com a rede britânica BBC, o livro apresenta reflexões pessoais de João Paulo II sobre temas religiosos escritas desde o período em que ele era bispo em Cracóvia até dois anos antes de sua morte. Alguns dos pensamentos reproduzidos no livro foram escritos de forma breve, com apenas duas ou três frases.

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Há quem diga que o livro inclui reflexões de difícil compreensão, que devem ser alvo de estudos acadêmicos, mas que podem afastar o público comum. Em uma passagem, reproduzida pela agência de notícias Associated Press, o pontífice escreve que “o aspecto social do pecado fere a Igreja como uma comunidade, especialmente quando o pecado é cometido por um padre.”

Outro trecho fala sobre os votos de castidade. “O sacerdócio não é identificado com o celibato, mas o celibato apoia o sacerdócio e lhe confere uma eficácia especial”.

Controvérsia – Embora as anotações tragam pensamentos inéditos de João Paulo II, muitos poloneses não conseguem entender como Dziwisz ignorou a vontade do papa e concordou com a publicação dos arquivos. Dziwisz declarou, contudo, que havia conversado com João Paulo II sobre quais notas deveriam ser destruídas e quais poderiam ser mantidas sob os seus cuidados.

Assessor mais próximo do pontífice por quase quarenta anos, Dziwisz se tornou arcebispo de Cracóvia após a morte de João Paulo II. Ele destacou que os lucros obtidos com a publicação do livro serão usados para fundar um museu em homenagem ao pontífice, que será declarado santo pelo Vaticano em abril.

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