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Agentes da CIA fornecem armas à oposição síria, diz jornal

Segundo reportagem do jornal 'The New York Times', eles operam no sul da Turquia e determinam quais grupos rebeldes sírios recebem os armamentos

Por Da Redação
21 jun 2012, 04h58

Um pequeno número de agentes da CIA, o principal órgão de inteligência dos Estados Unidos, está fornecendo armas para grupos de oposição ao ditador sírio Bashar Assad a partir de operações secretas no sul da Turquia, revela a edição desta quinta-feira do jornal The New York Times. A informação é de funcionários do governo americano e de órgãos de inteligência de países árabes, cujas identidades são mantidas sob sigilo.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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Segundo a reportagem do diário americano, faz parte do trabalho dos agentes decidir quais combatentes rebeldes devem, através da fronteira com a Síria, receber os armamentos – rifles automáticos, lança-granadas, munição e armas antitanque. Um dos grupos intermediários seria a Irmandade Muçulmana síria. O envio dos equipamentos estaria sendo financiado pela Turquia, Arábia Saudita e Catar.

O texto afirma também que uma das funções dos agentes da CIA é evitar que as armas acabem em posse de integrantes da rede Al Qaeda e outros grupos terroristas. “Agentes da CIA estão lá (no sul da Turquia) e eles estão tentando obter novas fontes (de informação) e recrutar pessoas”, afirmou um funcionário da inteligência árabe ao jornal.

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Segundo ele, os americanos também estão auxiliando os rebeldes com o fornecimento de imagens de satélite e informações detalhadas sobre a movimentação das tropas do Exército de Assad. O esforço do governo americano é visto como uma tentativa de forçar a saída ditador por meio do aumento da pressão interna, uma vez que na via diplomática a Rússia tem barrado medidas mais agressivas contra o governante sírio.

Na última terça-feira, durante a cúpula do G20 em Los Cabos, no México, Vladimir Putin e Barack Obama marcaram bem suas posições em relação ao conflito no país islâmico. “Consideramos que ninguém tem o direito de decidir por outras nações sobre quem deve estar no poder ou não”, declarou Putin. Já Obama defendeu que, diante das atrocidades cometidas contra a população civil, o governo Assad perdeu legitimidade. “Não vejo um cenário em que Assad continue e a violência se reduza”, declarou.

Coesão – O Conselho Nacional Sírio (CNS), o principal grupo da oposição ao ditador fora da Síria, tenta organizar grupos militares rebeldes, cuja atuação até agora atuando tem ocorrido de forma independente, com o objetivo de lutar contra o regime de forma mais coesa. Cerca de dez conselhos militares em diferentes províncias do país já estariam compartilhando táticas e outras informações.

A cidade de Homs, principal enclave da oposição, é surpreendentemente uma notável exceção, afirma The New York Times. Falta aos bastião oposicionista um conselho como os existentes em outras regiões do país, pois existem divergências os três principais grupos rebeldes locais, disse uma fonte ligada ao CNS.

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