Agência americana autoriza voos teste com 787 da Boeing
Frota mundial de 50 aviões 787 Dreamliner está impedida de voar desde janeiro
A Agência Federal de Avião dos Estados Unidos (FAA) anunciou nesta quinta-feira que vai permitir a Boeing que conduza voos teste com o modelo 787 Dreamliner. Os voos com todas as 50 aeronaves deste modelo estão suspensos desde o dia 16 de janeiro, depois que foram registrados incidentes relacionados à bateria.
“O objetivo principal dos voos de teste será coletar dados sobre o desempenho da bateria e do sistema elétrico enquanto a aeronave está no ar”, disse o secretário de Transportes, Ray LaHood, em um comunicado conjunto com o chefe da FAA, Michael Huerta.
Os voos para teste terão de obedecer a uma série de restrições. Não foi indicado quando os testes vão começar. Ainda não há previsão para a retomada dos voos comerciais.
Nesta quinta, um 787 fez um voo de Fort Worth, no Texas, onde estava sendo pintado, até as instalações do fabricante em Everett, Washington. O voo foi aprovado pela FAA com a condição de que o avião teria a bordo somente membros essenciais da tripulação, que monitorariam continuamente a bateria e aterrissariam imediatamente se alguma anomalia fosse detectada. Um caminhão de combate ao fogo da Boeing aguardava a chegada do avião, que pousou sem problemas, informou a rede CNN.
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Responsáveis pela investigação das falhas no modelo disseram ter identificado a origem do incêndio em uma bateria no 787 Dreamliner no mês passado e que estão focando agora no processo de aprovação da aeronave, no qual o fabricante subestimou as chances de problemas.
Segundo o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês), a Boeing previu que uma “fumaça” poderia ocorrer “menos de uma vez em 10 milhões de horas de voo” com a bateria de íon-lítio. No entanto, depois de menos de 100.000 horas de voo, duas baterias falharam, sendo que uma delas pegou fogo.
“Os critérios usados para certificação de bateria precisam ser reconsiderados”, disse a presidente do conselho, Deborah Hersman.
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(Com agência Reuters)