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Afeganistão tem dia de extrema violência com bombardeio da Otan e atentados

Por Da Redação
6 jun 2012, 11h28

Trinta e oito civis morreram nesta quarta-feira no sul do Afeganistão, pelo menos 15 em um bombardeio da Otan na província de Logar e outros 23 em atentados suicidas na instável província de Kandahar.

Mulheres e crianças estão entre as vítimas em Logar, anunciou Din Mohammad Darvish, porta-voz do governo desta província vizinha a Cabul.

Entre os 15 mortos no ataque ao vilarejo de Sajawand, pelo menos sete eram crianças e cinco mulheres.

A Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Otan admitiu ter realizado um “bombardeio de precisão” no distrito de Baraki Barak, onde fica Sajawand, depois que insurgentes atacaram tropas afegãs e da coalizão com armas de pequeno calibre e uma granada.

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De acordo com a versão da aliança militar, as tropas da Otan executaram a operação para “capturar um líder talibã que planejou e participou de ataques contra as forças governamentais na região”.

“No fim, vários insurgentes morreram e a patrulha encontrou muitas armas e explosivos”, afirma um comunicado.

O subchefe de polícia de Logar, Rais Khan Sadeq Abdulrahimzai, afirmou que sete rebeldes e 18 civis morreram no ataque contra duas casas depois que os talibãs abriram fogo contra as forças da coalizão.

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“A Isaf avalia e reúne antecedentes para tentar determinar o que aconteceu”, explicou à AFP um de seus porta-vozes.

No comunicado, a força da Otan menciona apenas “duas mulheres com ferimentos que não representam perigo e que foram transportadas para um centro médico da coalizão”.

Na província de Kandahar, um homem-bomba em uma moto detonou uma carga explosiva em um estacionamento lotado, no qual estavam dezenas de caminhões com suprimentos para a base da Otan em Kandahar, a segunda maior do país.

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Depois, um segundo homem-bomba, a pé, detonou explosivos quando a multidão tentava ajudar os feridos do primeiro ataque, informou o chefe de polícia da província, general Abdul Raziq.

“Não há nenhum militar entre as vítimas, 73 no total, 23 delas mortas”, disse Raziq.

A maioria das vítimas são motoristas e trabalhadores.

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Em um comunicado, os talibãs reivindicaram o ataque de Kandahar, executado por “um mártir”, que, segundo os insurgentes, matou “dezenas de membros das forças terroristas estrangeiras e suas marionetes”.

Presente no país desde 2001 para perseguir Osama bin Laden e expulsar do poder os talibãs que o protegiam, a coalizão, apesar dos 130.000 soldados ainda presentes no Afeganistão, não conseguiu derrotar os rebeldes.

Os civis são as principais vítimas do conflito que opõe a Isaf e as forças governamentais à insurreição liderada pelos talibãs.

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Em 2011, quase 3.000 civis morreram no conflito, o mesmo número de soldados da Isaf mortos no Afeganistão em uma década.

E desde 2007, mais de 12.000 pessoas morreram no conflito, segundo a ONU. No entanto, o número de civis mortos no Afeganistão em consequência dos confrontos registrou queda de 21% nos primeiros quatro meses de 2012.

As operações noturnas da coalizão contra residências afegãs são alvo de disputa entre o governo de Karzai e os aliados da Otan, que apóiam seu frágil governo.

As ações revoltam a população afegã pelas vítimas civis que provocam muitas vezes.

No fim de maio, um bombardeio da Otan matou oito pessoas da mesma família, incluindo seis crianças, dentro de casa em Paktia, leste do país.

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