O Brasil começou na terça-feira a contagem regressiva de dois anos para a abertura da Copa do Mundo de 2014. A avaliação do governo segue sendo a mesma – a de que o país está em dia com seus compromissos para o Mundial. A visão da Fifa e dos órgãos de fiscalização do poder público, porém, é bem menos otimista. As obras que complementam os preparativos para o evento – como reformas nos aeroportos, melhoria nos sistemas de transporte público e obras viárias – ainda não deslancharam. Acredita-se que os estádios ficarão prontos para a Copa – mas em prazos diferentes dos anunciados inicialmente. Em São Paulo, o Itaquerão completou recentemente um ano de obras (assista às imagens no vídeo acima). O orçamento está fechado, mas o consórcio responsável pela obra ainda espera a liberação de parte dos recursos necessários para a conclusão dos trabalhos. Em Minas, as obras no Mineirão promovem uma grande transformação no tradicional estádio. Brasília tem as obras do Mané Garrincha em dia, mas o grande desafio da cidade virá depois da Copa – achar um uso para a arena de 71.000 lugares. Cuiabá tem a mesma preocupação em relação à Arena Pantanal. Em Salvador, a Arena Fonte Nova está com obras dentro do cronograma – e, com isso, a cidade foi confirmada na Copa das Confederações, em 2013. Recife, de acordo com o governo, também está com os trabalhos em dia.
O principal palco da Copa, porém, causa preocupação. No Maracanã, local previsto para a grande final do Mundial de 2014, os funcionários trabalham de segunda a segunda para cumprir os apertados prazos dos trabalhos (assista às imagens no vídeo acima). A entrega do estádio está agendada para fevereiro de 2012. Em Porto Alegre, a pressão é menor, já que o Estádio Beira-Rio não vai receber partidas da Copa das Confederações. Ainda assim, por causa da demora no início das obras no estádio do Internacional, a situação no Sul não é exatamente confortável. Outro estádio privado da Copa preocupa ainda mais. A Arena da Baixada, do Atlético-PR, em Curitiba, é um dos estádios mais atrasados para 2014. Em Manaus, a Arena da Amazônia promete ser a campeã em adequação aos princípios de conservação ambiental – mas o orçamento é um problema, já que o TCU encontrou sobrepreço em um dos contratos ligados à obra. Natal também é um foco de atenção para o governo: totalmente fora do prazo, a Arena das Dunas foi descartada para a Copa das Confederações e os operários correm para deixar o estádio pronto a tempo da Copa. Situação bem diferente de Fortaleza, a mais avançada entre todas as sedes (pelo menos no quesito obras nos estádios). A arena da capital cearense deverá ser a primeira a ser entregue.
(Com Esporte Interativo)