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TUF, reality do UFC, chega ao país – para aumentar febre

Sucesso nos EUA, 'The Ultimate Fighter' é apontado como um dos trunfos para o UFC ter virado fenômeno, popularizando (e melhorando) a imagem do MMA

Por Davi Correia
25 mar 2012, 08h53

Lutadores como Lyoto Machida, Maurício Shogun, Júnior Cigano e Anderson Silva farão participações especiais, ajudando os treinadores

Em 2005, quatro anos depois de comprar o UFC por 2 milhões de dólares, os irmãos Frank e Lorenzo Fertitta viram o torneio da MMA afundar em dívidas – o rombo nas contas bateu na casa de 40 milhões de dólares. Como cartada final para salvar a franquia, os Fertitta resolveram fazer um último investimento: na esteira da popularidade dos reality shows na TV americana, pensaram em produzir um programa mostrando a rotina dos lutadores. Com o nome The Ultimate Fighter (e apelido “TUF”), o reality teve sua primeira versão exibida ainda em 2005, em um canal da TV paga americana. O sucesso foi tão grande que, de acordo com o presidente do UFC, Dan White, o programa foi o principal responsável pela virada do torneio nos Estados Unidos, de marca deficitária a franquia milionária. A partir deste domingo, o programa ganha sua primeira versão fora dos EUA – e justamente no Brasil, país em que mais cresce a torcida pelos ídolos do octógono. O reality será exibido pela TV Globo e terá como grandes astros os lutadores Wanderlei Silva (leia entrevista exclusiva abaixo) e Vitor Belfort, treinadores das equipes participantes.

Galeria de fotos: veja como é a casa em que os lutadores do TUF vão ficar confinados

Leia também: ‘TUF não é BBB’, avisa brasileiro Diego Brandão, campeão do reality show

O TUF no Brasil

A versão brasileira ganhou um subtítulo em português: “Em busca de campeões”. A estreia é neste domingo, na Globo, logo depois do BBB

Durante muito tempo, o UFC foi proibido na maioria dos estados americanos – hoje, apenas Nova York e Vermont não podem receber as lutas. Para Dana White, o sucesso no árduo trabalho de convencer o público americano de que o UFC não era só um show de brutalidade teve muito a ver com a produção do reality show. O TUF mostra a vida dos lutadores fora do octógono – e, assim, acaba exibindo as carências e vulnerabilidades dos atletas, revelando o lado mais humano de pessoas que ganham a vida espancando seus adversários no octógono. A estratégia de apostar no programa deu certo: o público se identificou com o dia a dia dos atletas e o TUF já está chegando à sua décima sexta edição. Melhor ainda para a reputação do UFC é o fato de o programa não ser apenas uma encenação: o reality mostra lutadores de verdade, alguns deles transformados em ídolos do UFC, como Forrest Griffin, Rashad Evans e Roy Nelson. Repetir no Brasil o sucesso obtido nos EUA é a aposta do UFC e da Globo, que esperam estimular ainda mais a febre do MMA no país e baixar a guarda de quem ainda acha que o MMA é violento demais. Na estreia deste domingo, 32 lutadores de quinze estados, das categorias pena e médio, vão disputar as 16 vagas na casa, em combates determinados pelo próprio UFC. Os vencedores serão escolhidos pelos treinadores Wanderlei Silva e Vitor Belfort – cada um ajudará oito lutadores, quatro de cada categoria. Os escolhidos ficarão confinados em uma casa, saindo apenas para o centro de treinamento. Lutadores campeões como Lyoto Machida, Maurício Shogun, Júnior Cigano e Anderson Silva farão participações especiais, ajudando os treinadores.

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Leia também: Reality do UFC não é apenas um show – e revela lutadores de verdade Os confrontos acontecem em um octógono de dimensões oficiais, e os dois melhores lutadores de cada categoria se enfrentarão na final, marcada para o dia 23 de junho, no Rio de Janeiro. Os vencedores assinam um contrato com o UFC – e passam de aprendizes a lutadores profissionais no principal evento de MMA do planeta. No mesmo dia, os treinadores Wanderlei Silva e Vitor Belfort se enfrentarão, na reedição da luta principal do primeiro UFC realizado no Brasil, em 1998, quando Belfort gastou apenas 44 segundos para nocautear Wanderlei Silva. A noitada de lutas deverá ter mais uma revanche: Anderson Silva contra o falastrão Chael Sonnen (o brasileiro venceu o americano no UFC 117, em 2010). Além do Brasil, o reality show deve ganhar edições em outros países em breve – segundo Dana White, Índia e Austrália podem ser os próximos. Ambicioso como sempre, o chefão do UFC já pensa mais longe: diz que seu desejo é fazer um torneio com os vencedores do TUF em todo o planeta, uma espécie de Copa do Mundo de campeões do reality. Leia também: – Por que tanta gente está de olho em Anderson Silva – Por que tanta gente se apaixona por UFC – Próximo UFC Brasil será no Rio de Janeiro – Lorenzo Fertitta: ‘Sempre quis um time de futebol americano ou basquete’ – Rorion Gracie, inventor do UFC: ‘Antes era briga, agora é só show’

Wanderlei Silva, lutador do UFC
Wanderlei Silva, lutador do UFC (VEJA)

‘É incrível o sucesso do programa nos EUA’

Wanderlei Silva é um dos treinadores do primeiro TUF Brasil – o outro é Vitor Belfort. O ex-campeão do Pride falou ao site de VEJA sobre como será a estreia do reality show fora dos Estados Unidos.

Quando você foi convidado?

O Dana White me ligou depois que venci o Cung Le, em 2011. Aceitei imediatamente. É um programa respeitado nos Estados Unidos e é uma boa oportunidade para difundir o MMA no Brasil. A ideia é mostrar a rotina de um atleta, que não é feita só de violência.

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Você acompanhou as versões americanas do programa?

Acompanhei várias edições. É uma febre. Os telespectadores torcem de verdade pelos lutadores dentro da casa.

Por que o TUF faz sucesso?

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As pessoas ficam curiosas para saber quem são aqueles lutadores, o que fazem quando não estão treinando ou lutando. Os participantes têm personalidades diferentes, os telespectadores escolhem o seu favorito e torcem para que vá à final.

O que você espera do TUF no Brasil?

Vai fazer sucesso. Brasileiro gosta de reality show, basta ver o sucesso do Big Brother Brasil. As pessoas adoram saber sobre a vida dos participantes e se envolvem nas histórias e tramas que surgem no decorrer do programa.

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