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Protestos se intensificam no Egito; total de mortos vai a 79

Manifestantes protestam contra a ação da polícia durante confronto em estádio do país: agentes tiveram medo, diz diretor. Governo teme repercussão política

Por Da Redação
2 fev 2012, 09h14

Centenas de manifestantes fazem um grande protesto nesta quinta-feira no Cairo, a capital do Egito. A multidão já fechou o acesso à emblemática Praça Tahrir, palco dos protestos que culminaram na queda do ditador Hosni Mubarak, e também à sede da TV estatal do país. Os manifestantes protestam contra a ação da polícia durante o confronto num estádio de futebol na quarta-feira. O número de mortos na tragédia subiu para 79, de acordo com a rede de TV americana CNN.

Na quarta-feira, o tumulto começou quando torcedores do Al Masri invadiram o campo e começaram a agredir atletas do Al Ahli, clube da casa. Depois, os agressores se voltaram contra a arquibancada, dando início a uma briga generalizada. Segundo o diretor do estádio de Port Said, palco dos confrontos, Mohamed Yunis, a polícia não agiu porque teve medo dos torcedores. “Os policiais não agiram porque tiveram medo. Limitaram-se a olhar porque temiam ser linchados”, assinalou Yunis no estádio, onde ainda há garrafas, cadeiras arrancadas e sapatos espalhados. Yunis antecipou ainda que as investigações nas instalações esportivas terão início em breve.

A situação no Cairo provocou uma reunião de emergência no Parlamento egípcio. Ao abrir a sessão, Saad al-Katatni afirmou que as cenas no estádio foram uma ação do demônio e que o conflito coloca em risco a revolução no Egito. As autoridades decretaram luto oficial de três dias no país.

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Dezenas de manifestantes se concentraram também na Praça de Talaat Harb, muito próxima à Tahrir, para protestarem contra o massacre. Por causa dos últimos acontecimentos, as autoridades reforçaram a segurança no entorno do prédio do Ministério do Interior. O temor é que os torcedores do Al Ahly e seus eternos rivais do estádio do Zamalek, o Al-Masry, se dirijam para o local e provoquem um novo tumulto.

Segundo o diretor do clube egípcio Al-Masry, Mohamed Sein, havia pistoleiros infiltrados entre os torcedores da equipe. “Não entendo como os torcedores do Al-Masry puderam fazer isso após a vitória. Acredito que havia pistoleiros infiltrados que os incitaram”, disse Sein no estádio de Port Said. Ele afirmou à agência de notícias EFE que, há poucos dias, a direção do clube se reuniu com os torcedores para pedir-lhes que recebessem os seguidores do Al-Ahly de maneira civilizada, o que foi prometido por eles.

Os detalhes e as causas da tragédia ainda não foram esclarecidos pela polícia egípcia. A confusão começou ainda durante a realização do jogo, quando o time local, o Al Masry, vencia o Al Ahly, um dos clubes mais tradicionais e famosos do Egito, pelo placar de 3 a 1. Imagens da televisão egípcia mostram grande parte dos torcedores do Al Masry invadindo o gramado enquanto os jogadores do time adversário tentavam fugir para o vestiário. A torcida local também teria atacado os fãs do Al Ahly que estavam no estádio em Port Said.

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