Presidente da Gaviões da Fiel nega envolvimento em mortes
Antonio Alan Souza Silva se entregou para a polícia na tarde de quinta-feira
O presidente da torcida Gaviões da Fiel, Antonio Alan Souza Silva, se apresentou por volta das 17 horas desta quinta-feira ao 77º Distrito Policial (DP) para prestar esclarecimentos sobre seu envolvimento na briga com a Mancha Alviverde, que causou a morte de dois palmeirenses no dia 25 de março, na avenida Inajar de Souza, zona norte de São Paulo.
Alan Souza Silva estava foragido desde segunda-feira, quando teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de São Paulo. Conhecido como Donizete, o torcedor foi indiciado por homicídio, lesão corporal e formação de quadrilha.
Após se entregar para a polícia, Souza Silva foi encaminhado para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), onde prestou depoimento durante a noite e negou qualquer envolvimento nos crimes. A princípio, o presidente da Gaviões da Fiel cumprirá a prisão temporária de um mês.
Desde o confronto, quatro integrantes da Gaviões da Fiel foram presos e outros sete estão foragidos, entre eles o vice-presidente da organizada, Wagner da Costa. Sete membros da Mancha Alviverde também foram detidos, incluindo o vice-presidente, Lucas Alves Lezo, irmão de uma das vítimas.
As duas torcidas seguem suspensas pela Federação Paulista de Futebol e não podem entrar nos estádios com suas vestimentas, faixas e instrumentos. A punição não tem data para terminar, já que as investigações ainda não estão concluídas.
Mortes – O confronto envolvendo as duas torcidas aconteceu na manhã de um domingo, dia de jogo entre Corinthians e Palmeiras, na Avenida Inajar de Souza, na zona norte de São Paulo. Cerca de 500 pessoas se envolveram na briga, que resultou na morte de André Alves Lezo, vítima de um tiro, e Guilherme Vinicius Jovanelli, que recebeu pauladas na cabeça e teve traumatismo craniano.