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Justiça suíça indica que Havelange e Teixeira receberam subornos da ISL

Por Nelson Almeida
11 jul 2012, 17h24

O ex-presidente da Fifa João Havelange e o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol Ricardo Teixeira receberam subornos da parte da empresa de marketing esportivo International Sport and Leisure (ISL), revelou nesta quarta-feira a justiça suíça.

De acordo com documentos divulgados pela Suprema Corte da Suíça, João Havelange, hoje com 96 anos, chegou a receber 1,5 milhão de francos suíços (1,24 milhão de euros) e Ricardo Teixeira, 12,74 milhões (10,6 milhões de euros).

A ISL, que teve os direitos de transmissão de várias Copas do Mundo foi à falência em 2001, com uma dívida de cerca de 300 milhões de dólares.

Em 2010, uma reportagem da BBC acusava Havelange de ter recebido um milhão de dólares da empresa em troca destes direitos de transmissão.

A Fifa também divulgou os documentos apresentados pela justiça suíça em seu site, e alegou em um comunicado que, apesar do envolvimento de Havelange e Teixeira neste caso de corrupção, o presidente atual da entidade, Joseph Blatter está acima de qualquer suspeita.

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“A decisão da Suprema Corte da Suíça confirma que apenas os dirigentes estrangeiros foram designados como parte do processo, e que o presidente da Fifa (ou um dirigente suíço) não está envolvido neste caso”, afirmou o comunicado.

No entanto, os documentos revelam que Blatter sabia que Havelange e Teixeira receberam subornos da ISL e que a Fifa teria oferecido 2,5 milhões de francos suíços (cerca de 1.640.000 euros) de indenização para evitar que o processo contra os dirigentes brasileiros fosse mantido

O ex-dirigente ficou à frente da Fifa de 1974 a 1998, antes de ser substituído pelo atual presidente Joseph Blatter.

Em maio, Havelange recebeu alta do hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, onde ficou internado por dois meses devido a uma infecção e a problemas cardíacos e pulmonares.

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Em dezembro de 2011, ele renunciou ao seu Comitê Olímpico Internacional, do qual era membro desde 1963.

Três meses depois, seu ex-genro, Ricardo Teixeira, renunciou à Presidência da CBF, cargo que ocupava desde 1989, após seu nome ter sido mencionado em diversos casos de corrupção.

De acordo com diversos analistas, a influência de Havelange teria sido decisiva para a atribuição da organização da Olimpíada de 2016 à cidade do Rio de Janeiro.

Depois da votação que deu a vitória à Cidade Maravilhosa na disputa com outras candidatas, em setembro de 2009 em Copenhage, o ex-dirigente teria convidado todos os membros do COI a festejar seu aniversário de cem anos na praia de Copacabana.

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