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Inglaterra luta pela transparência na Fifa. E é ridicularizada

Discurso de inglês é recebido com silêncio. Nanicos aproveitam para provocar país que criou o futebol - e argentino pede à Inglaterra que 'deixe a Fifa em paz'

Por Da Redação
1 jun 2011, 09h31

“A Inglaterra perturba a família Fifa. Parece que eles estão sempre reclamando”, provocou o presidente da associação argentina, Julio Grondona

Era Zurique, mas parecia mesmo Brasília. O 61º Congresso da Fifa, nesta quarta-feira, foi marcado pelo isolamento da Inglaterra na tentativa de dar um pouco de transparência e credibilidade à entidade, cuja imagem está manchada por uma avalanche de denúncias de corrupção, troca de favores e fraudes. E enquanto o presidente da Federação Inglesa (FA) defendia a clareza e a ética em seu discurso – que foi recebido em silêncio quase total -, dirigentes de países nanicos no esporte, como Haiti, Chipre, Benin e Fiji, subiam ao palanque para provocar e até ridicularizar os ingleses, em defesa do atual comando da Fifa. E sob aplausos.

O representante inglês, David Bernstein, destacou em seu discurso a imagem ruim da Fifa no mundo todo. “Estamos sendo criticados por governos, patrocinadores, imprensa e torcedores”. Por isso, a FA pedia que a eleição presidencial – que tem Joseph Blatter como candidato único – fosse adiada, em nome de uma disputa “aberta e justa”, e com “credibilidade para o ganhador”. A proposta foi derrotada (172 votaram contra, só 17 votaram a favor e outros 17 decidiram se abster). E o discurso de Bernstein terminou com apenas alguns aplausos escassos – a enorme maioria ficou em silêncio, sinalizando sua oposição aos ingleses.

Essa oposição ficou muito mais clara nos discursos seguintes, em que a Inglaterra foi duramente atacada. O presidente da Federação do Chipre, por exemplo, se derramou em elogios a Blatter. O chefe do futebol na República Democrática do Congo se disse “incomodado com as pessoas que disparam acusações infundadas”. Ele reclamou do fato de a corrupção na Fifa ter sido discutida numa sessão do Parlamento inglês. Mas a crítica mais pesada partiu de Julio Grondona, cartola que preside a Associação Argentina de Futebol (AFA) há décadas – e, como vários outros dirigentes do alto escalão da Fifa, é sempre acusado de corrupção.

“Sempre recebemos esses ataques da Inglaterra, e sempre são mentiras contadas com base no que a imprensa de lá diz”, afirmou o argentino, que fez da reunião da Fifa uma briga de torcida com os ingleses (com quem têm enorme rivalidade no futebol). “A Inglaterra perturba a família Fifa. Parece que eles estão sempre reclamando. Então eu digo: por favor, deixem a nossa família em paz, e quando falarem, falem a verdade.” A Federação Inglesa disse que iria se abster da votação. Enquanto os nanicos festejavam Blatter, outra gigante do futebol, a Alemanha, pediu a revisão da polêmica eleição que deu a Copa do Mundo de 2022 ao Catar.

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