Entre os ‘vira-casacas’ de Real x Barça, dois brasileiros
Ronaldo e Evaristo defenderam as duas equipes. Mas quem sofreu foi Figo...
Poucos jogadores foram tão mal recebidos em Barcelona quanto Figo – sempre que entrava no Camp Nou, o português era alvo de vaias, xingamentos, sapatos, pilhas, bolas de golfe… E teve até uma cabeça de porco, num clássico em 2002
A maioria dos jogadores de futebol cresce sonhando com uma oportunidade de atuar na Europa. Na Espanha, os clubes mais desejados são o Barcelona e o Real Madrid. Privilégio mesmo, no entanto, é conseguir jogar nas duas equipes. E melhor ainda é conseguir disputar o superclássico nos dois lados, defendendo tanto os merengues quanto os azulgrana (isso, é claro, quando não se está na pele dos craques detestados por uma das duas torcidas, depois de virar a casaca e pular de um clube para o outro).
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O caso mais emblemático de troca de camisa por um grande craque já completou meio século. Em 1953, o argentino Alfredo di Stéfano era disputado por Barça e Real – ambos diziam ter contratado o jogador. No meio da confusão, por decisão da Fifa, uma saída inusitada: Di Stéfano jogaria de forma alternada entre os clubes, passando uma temporada em cada equipe. Depois de começar no Barcelona, o argentino foi liberado para defender o Real em definitivo. Fez história no clube, que defendeu por mais de dez anos.
Entre os brasileiros, o primeiro a ser a acusado de “traição” foi Evaristo de Macedo. O ex-jogador atuou primeiro no Barcelona, onde é ídolo até hoje. Em 1961, Evaristo anotou um gol para os catalães numa vitória sobre o maior rival, na Liga dos Campeões. No ano seguinte, Evaristo assinou com o Real, onde jogou até meados de 1965. Outro brasileiro que atuou nos dois clubes é Ronaldo. O maior artilheiro das Copas do Mundo vestiu a camisa do Barcelona entre 1996 e 1997. Voltou à Espanha em 2002, para jogar em Madri.
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