Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Dossiê denuncia remoções forçadas no Rio para Copa e Olimpíadas

Por Da Redação
19 abr 2012, 23h43

Rio de Janeiro, 19 abr (EFE).- Um relatório divulgado nesta quinta-feira denunciou que a organização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 está promovendo milhares de desalojamentos forçados e outros graves abusos contra a população pobre do Rio de Janeiro.

O documento, elaborado pelas comunidades de desabrigados e intitulado ‘Megaeventos e violações dos direitos humanos no Rio de Janeiro’, diz que pelo menos 7.185 famílias estão sob a ameaça de despejo em 24 favelas da cidade.

Desse total, 1.100 famílias já foram retiradas devido a obras diretamente relacionadas com os eventos esportivos ou com a execução de obras de infraestrutura, segundo o documento.

Um dos autores do dossiê, o especialista em urbanismo Orlando Santos Júnior, explicou que o número de desalojamentos programados pode ser maior, uma vez que a Prefeitura não forneceu todos os dados das zonas afetadas.

Continua após a publicidade

Na apresentação do relatório, a relatora da ONU para o Direito à Moradia, Raquel Rolnik, atribuiu algumas dessas remoções a interesses econômicos e imobiliários.

Rolnik afirmou que em várias cidades brasileiras se tratou de fazer coincidir o traçado das novas linhas de transporte com a localização das favelas, ‘porque é mais barato e fácil expropriar’ lá que nos bairros.

A representante da ONU denunciou que as indenizações pagas a essas pessoas são baixas e que tampouco são oferecidas alternativas dignas de moradia.

Continua após a publicidade

O relatório alertou que as autoridades pretendem enviar os desalojados a bairros distantes, na periferia, onde há carência de transporte e nos serviços básicos, enquanto os investimentos se concentram em zonas ricas, criando ‘exclusão e novos processos de elitização’, em palavras de Orlando Santos Júnior.

‘O sistema de transporte hoje é caro e precário, e seu modelo de expansão é irracional. O metrô será levado a áreas vazias, a lugares não prioritários para a cidade’, avaliou o especialista.

O documento também chamou a atenção ao ‘precário’ trabalho feito nas obras da Copa do Mundo por conta da pressa, o que levou à convocação de greves em várias cidades brasileiras, incluindo o Rio de Janeiro.

Continua após a publicidade

Além disso, o dossiê alerta que leis municipais do Rio, seguindo as diretrizes da Fifa, ‘privatizaram o espaço público’ e impedirão os vendedores ambulantes nos arredores dos estádios e dos locais de concentração de torcedores. EFE

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.