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Dana White, sobre luta fora do Brasil: ‘A culpa não é nossa’

Em entrevista ao site de VEJA, presidente do UFC garante que fez de tudo para trazer luta de Anderson e Sonnen ao país. E admite: temeu reação do brasileiro

Por Davi Correia, do Rio de Janeiro
24 abr 2012, 14h21

“Imagine mais de 50.000 pessoas gritando o nome de um brasileiro dentro do estádio. Quem sabe não realizamos uma terceira luta entre Anderson Silva e Chael Sonnen num lugar assim?”, disse Dana White

A entrevista coletiva que anunciou a mudança da luta entre Anderson Silva e Chael Sonnen do Rio de Janeiro para Las Vegas, nesta terça-feira, atrasou quase uma hora. Conforme revelou o presidente do UFC, Dana White, em entrevista exclusiva ao site de VEJA logo após a coletiva, o motivo da demora foi uma longa conversa particular entre ele e lutador brasileiro. “E não foi uma conversa muito boa”, relatou o homem forte do maior evento de MMA do planeta. “Eu comecei a pensar o que falaria ontem à noite, antes de chegar ao Brasil. Todos sabiam da vontade de Anderson Silva de realizar essa luta no Brasil, mas a culpa não é nossa.” Em público, o chefão do UFC evita falar abertamente sobre os motivos que levaram ao cancelamento do evento no Rio. Os motivos, porém, são conhecidos. Por mais que muitos culpem Dana White ou outros membros da franquia, ficou claro que eles tentaram, de fato, organizar o evento no Brasil – primeiro em São Paulo, depois no Rio. Mas os problemas com a burocracia e com a infraestrutura das cidades atrapalharam os planos. Ainda assim, Dana White garante que continua disposto a tentar fazer um megaevento de UFC no Brasil para quebrar o recorde de público da franquia.

“Imagine mais de 50.000 pessoas gritando o nome de um brasileiro dentro do estádio. Quem sabe não realizamos uma terceira luta entre Anderson Silva e Chael Sonnen num lugar assim?”, disse ele à reportagem do site de VEJA. “Também podemos pensar em um confronto entre Anderson Silva e um campeão de outra categoria, como Georges St-Pierre ou Jon Jones. Acho que é possível. E gostaria muito de ver algo assim.” De acordo com o americano, a franquia “sempre tenta promover eventos cada vez melhores”, e foi esse desejo que despertou a ideia de fazer o aguardado duelo entre Anderson e Sonnen num estádio brasileiro. O chefão do UFC não quis revelar o teor de sua conversa com o brasileiro campeão dos médios, mas qualquer um que estivesse no local do reencontro com Chael Sonnen já imaginava qual tinha sido a reação de Anderson à transferência da luta para os EUA. Vestindo terno cinza e camiseta branca, o lutador subiu ao palco montado no hotel Windsor Barra com cara de poucos amigos. Respirando fundo para controlar os nervos e dando respostas curtas, o campeão dos médios avisou: “Não estou feliz.”

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‘Muito bravo’ – Na entrevista coletiva, Anderson não conseguiu esconder a frustração, o abatimento e a irritação com a mudança da luta para Las Vegas. Reclamou que a empresa que tentava promover o evento no país “não foi profissional o suficiente para entender o tamanho do UFC”, mas prometeu não deixar o problema atrapalhar seu desempenho quando chegar a hora de ir ao octógono. “Vou fazer meu trabalho como sempre e tentar manter minha invencibilidade”, disse o brasileiro. “Ele ficou muito bravo, queria a luta aqui. Precisei conversar muito com Anderson para convencê-lo a lutar com Sonnen em Las Vegas”, confirmou Dana White. O presidente do UFC negou ter sofrido pressão dos cassinos para fazer a luta em Las Vegas e disse que transferir o evento para os Estados Unidos faz “todo o sentido do mundo”. “Será um evento global, e pessoas de todo o mundo querem ver essa luta”, insistiu. “Houve muitas coisas que fizeram a luta aqui desmoronar”, completou o americano, sem entrar em detalhes sobre as razões da mudança. O brasileiro, além de lidar com a decepção, teve de suportar as já esperadas provocações do adversário.

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